A Huawei tem um novo diretor para a área do consumo em Portugal. Jiandong Xue assumiu funções há poucas semanas e esta terça-feira, em conferência de imprensa, assumiu que a empresa quer ser “a marca número 1” no mercado de wearables— produtos tecnológicos pensados para usar na roupa ou no corpo — no país. Para isso, a empresa apresentou os novos smartwatches, que chegam a Portugal entre os meses de junho e julho.

Os relógios inteligentes Huawei Watch Fit 2 tem três edições distintas: Active, Classic e Elegant. A versão “Active” está disponível em preto, rosa e azul, tem um custo de 169 euros e estará disponível em junho. A “Classic” também fica disponível nesse mês, mas custará 199 euros, uma vez que apresenta duas braceletes não de silicone, mas de couro: uma cinzenta e uma branca. Já a versão “Elegant” é a mais cara das três (249 euros) e chega apenas em julho, mas com várias opções mais sofisticadas: uma bracelete em metal dourado e outra em metal prateado.

Os relógios Huawei Watch Fit 2 nas três versões —  “Classic”, “Elegant” e “Active” — têm um ecrã retangular, com um design mais largo e com cantos arredondados, de 1,72 polegadas (em comparação com as 1,47 que tinham os mais antigos). Isto vai permitir que os utilizadores tenham uma experiência mais interativa e imersiva quando comparada com a que tinham com o modelo que existia até então.

As três versões dos relógios Huawei Watch Fit 2

As braceletes — que agora são mais do que as das versões anteriores — dos vários relógios são fáceis de mudar: é necessário carregar num botão para conseguir remover uma e encaixar a nova, explicou a Huawei, que exemplificou a troca no evento desta terça-feira. As braceletes da versão Active, podem ser utilizadas na Classic ou na Elegant e vice-versa.

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O objetivo da empresa é que o consumidor consiga utilizar os smartwatches nos mais diversos contextos, por exemplo para ter uma vida ativa e saudável através da prática de exercício físico, mas também na sua vida social em jantares com amigos ou no trabalho.

Queremos oferecer produtos inovadores a diferentes consumidores. As pessoas vão querer utilizar estes relógios na sua vida e nos seus trabalhos”, salientou Jiandong Xue em declarações ao Observador após a conferência de imprensa, acrescentando que os smartwatches são para “todo o tipo de consumidor”.

Os relógios da série Huawei Watch Fit 2 têm uma autonomia de até 10 dias de bateria — cerca de cinco a sete se o consumidor o estiver sempre a utilizar — e permitem atender e realizar chamadas através do bluetooth, já que têm uma coluna integrada, bem como conectar auriculares. Com 97 modos de desporto, o utilizador destes relógios pode escolher o exercício que lhe é mais adequado, desde a corrida às caminhadas. Para utilizar os smartwatches não é obrigatório ter um telemóvel da Huawei, mas sim instalar a aplicação de saúde Huawei Health que possibilita a criação de um plano de desporto apropriado para os objetivos que cada pessoa pretende alcançar.

Em declarações aos jornalistas, em Lisboa, Jiandong Xue reforçou ainda que o principal objetivo da empresa é “oferecer produtos de inovação” e que, apesar de estar bastante focada no mercado de wearables, não descura os smartphones. O novo Mate Xs 2, apresentado na semana passada em Milão, chegará à Alemanha durante o mês de junho. Todavia, ainda não existem certezas sobre se o telemóvel dobrável, que custará 1.999 euros, vai ser lançado em Portugal. “Estamos a tentar e a trabalhar para trazer este novo dispositivo para o mercado português mais tarde”, disse o diretor para a área do consumo em Portugal. Porém, quando questionado pelo Observador, recusou-se a dar uma data concreta.

Antes de vir para Portugal, Jiandong foi diretor de retalho em Düsseldorf, na Alemanha, durante três anos. Agora, com certezas de que o mercado português “é muito, muito importante” para a Huawei, Jiandong concluiu as suas respostas ao Observador ao revelar o que mais gosta no país. “Adoro as pessoas portuguesas. O mood é sempre alegre, com pessoas amigáveis. É um mercado aberto e muito desportivo [com pessoas que gostam de praticar desporto]. Temos muitas oportunidades e mais possibilidades de ter um bom desempenho neste mercado porque vemos que esta cidade [Lisboa] é muito bonita e colorida”. Assim, reconhece que aproveitar a amigabilidade das pessoas para as “diferentes formas do produto” é uma “estratégia”.

Em 2021, a Huawei foi banida pelo governo de Joe Biden dos EUA, que considerou que a empresa era uma ameaça à segurança nacional. Questionada, a empresa não comentou o tema.