O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, disse esta sexta-feira que todas as bases militares da Renamo deverão estar encerradas até ao final do ano.
Até ao fim de 2022, as quatro bases restantes da Renamo poderão ser encerradas”, afirmou o chefe de Estado moçambicano.
Nyusi falava na abertura da quinta sessão do comité central da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder e do qual é presidente.
No âmbito do Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) da guerrilha da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), já foram desativadas 12 das 16 bases que o braço armado do principal partido da oposição tinha, acrescentou Filipe Nyusi.
O líder da Frelimo avançou que 68% dos cerca de cinco mil guerrilheiros da Renamo já foram desmobilizados, “estão nas suas casas” e em reintegração social.
Apesar do sucesso do DDR, prosseguiu, o Governo vai continuar o diálogo com a Renamo, visando a preservação da paz.
“Defendemos que a paz, estabilidade, unidade e progresso devem constituir o interesse supremo de todos os moçambicanos”, concluiu Filipe Nyusi.
O DDR insere-se no quadro do Acordo de Paz e Reconciliação assinado entre o Governo da Frelimo e a Renamo em agosto de 2019.
O entendimento foi o terceiro entre as duas partes, sempre após ciclos de violência armada, principalmente no centro do país.