Ainda teve esperança no início do Q1, ainda voltou aos lugares cimeiros para Q2 no final da última volta lançada. Ao contrário do que aconteceu nas últimas provas, em que o único desafio na qualificação passava por conseguir um lugar o mais à frente possível, Miguel Oliveira esteve realmente na luta pela passagem aos 12 melhores nas quatro linhas iniciais da grelha, acabando por cair para o 15.º lugar nos derradeiros segundos da sessão. E se num passado recente o objetivo teria de ser uma corrida regular para tentar entrar nos pontos e fazer o melhor possível, o português mostrou em Mugello que tinha argumentos para mais.
“Tentámos o nosso melhor na qualificação para compreender as condições o mais rapidamente que conseguiríamos mas ainda não fomos suficientemente rápidos para mudar para pneus slicks. Era difícil julgar a aderência e se se ia chover novamente. Foi uma sessão complicada e eu só precisava de uma volta extra, porque o potencial para o Q2 estava lá”, explicou no final da sessão o piloto à sua assessoria de imprensa, confirmando que se sentia melhor com a moto apesar da distância ainda grande para os da frente e garantindo mais uma vez que era o piloto mais rápido entre a KTM, incluindo a Tech3.
????️ "It was hard to judge the grip and it was hard to judge if it was going to rain again. A tricky session and I just needed one extra lap because the potential was there for Q2." @_moliveira88
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— Red Bull KTM Factory Racing (@KTM_Racing) May 28, 2022
Até pelos resultados inesperados que saíram depois da Q2, com o trio Fabio Di Giannantonio, Marco Bezzechi e Luca Marini nas três posições da primeira linha da grelha de partida, o Grande Prémio de Itália tinha todas as condições para ser mais uma prova muito aberta, com os primeiros na classificação atual do Mundial a tentarem chegar à frente, os mais novos na luta para se segurarem e outros candidatos a ganhar posições um pouco mais atrás. Uma prova que, se tivesse depois as incidências de Le Mans a nível de desistências, abria espaço para boas subidas de lugares. E era nesse patamar que Miguel Oliveira partia, sabendo também que o tempo não pára e que terá de tomar uma decisão sobre o futuro muito em breve.
That's the end of Qualy for us after both @_moliveira88 and @BradBinder_41 narrowly missed out on Q2, despite sitting up top for the majority of the session.
Here's how we'll line up on the grid tomorrow:
15th – @_moliveira88
16th – @BradBinder_41 #ItalianGP ???????? pic.twitter.com/dPjnHXrwqG— Red Bull KTM Factory Racing (@KTM_Racing) May 28, 2022
Com apenas dois top 10 nas sete provas iniciais, com a vitória na Indonésia e o quinto lugar no Algarve, entrar nos dez primeiros poderia ser um aliciante para o português, que sabia da importância de uma boa saída e de uma consistência assinalável nas voltas iniciais para poder visar esse objetivo. E, não sendo uma corrida em tudo perfeita pelo final em quebra e com a moto sem as respostas necessárias, conseguiu o terceiro melhor resultado do ano, voltando a uma posição de top 10 na sétima corrida de 2022.
A improvável ordem na primeira linha da grelha de partida mudou no arranque, com Luca Marini a sair para a frente antes de Marco Bezzecchi conseguir saltar para a primeira posição na segunda volta enquanto Fabio Di Giannantonio ficou em terceiro mas foi depois ultrapassado por Fabio Quartararo também antes do final da segunda volta (com o campeão a fazer a volta mais rápida depois de um arranque forte). Um pouco mais atrás, as KTM estavam em destaque: Miguel Oliveira foi buscar a linha interior para saltar para o 12.º lugar, Brad Binder tentou a mesma estratégia e foi ainda mais longe, saltando para o nono lugar. O sul-africano ainda chegou a sétimo antes de estabilizar em oitavo, ao passo que o português foi para 11.º após superar a Honda de Nakagami. Enea Bastianini ficava apenas a 0.3 de um top 3.
Lights are out! ????@FabioDiggia49 the polesitter takes the holeshot! ????#MotoGP | #ItalianGP ???????? pic.twitter.com/E86eOiS2WE
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A 20 voltas do final, Quartararo continuava a forçar o andamento e subia ao segundo posto por troca com Luca Marini, tentando ganhar em Itália depois de um italiano (Bastianini) ter ganho em França, mas a corrida parecia ter estabilizado, com poucos erros (um dos poucos que houve foi de Marc Márquez, que colocou por instantes Oliveira em décimo antes de descer ao 11.º) e apenas uma saída de pista de Pol Espargaró. As Hondas estavam mesmo fora da corrida e o português conseguiu mesmo entrar para ficar no top 10, tendo agora à sua frente o companheiro Brad Binder como acontecera na corrida em Le Mans. Lá na frente, a recuperação de Pecco Bagnaia colocava o piloto da Ducati na primeira posição.
The Yamaha gets beaten up into San Donato! ????@PeccoBagnaia is now up to 2nd! ⬆️#MotoGP | #ItalianGP ???????? pic.twitter.com/vuvbXPXT1f
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Fabio Di Giannantonio continuava a afundar-se na classificação depois de ter conseguido a pole position e numa volta foi ultrapassado por Binder e Miguel Oliveira, que ficava a 0.8 do sul-africano na luta por mais uma subida neste caso ao oitavo lugar. A tendência foi de aumento da distância mas o português estava só a cinco/seis segundos da liderança de Bagnaia sabendo também que lá na frente as lutas entre Quartararo, Bezzechi e Marini pelo pódio e de Aleix Espargaró, Enea Bastianini e Zarco pela quinta posição estavam ao rubro e podiam provocar também erros, como aconteceu com Bastianini que caiu na curva 4.
The champ is on the move! ????@FabioQ20 is up to 2nd as @PeccoBagnaia is stretching the lead! ????#MotoGP | #ItalianGP ???????? pic.twitter.com/yum3hamrkC
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Miguel Oliveira ainda conseguiu rodar em oitavo mas foi perdendo ritmo na parte final, deixando Brad Binder descolar para ficar mais tranquilo na sétima posição e sendo ultrapassado por Nakagami e ficando na nona posição. Lá na frente, Pecco Bagnaia continuava mais rápido do que Quartararo e Aleix Espargaró conseguia pela primeira vez na corrida assumir posição de pódio. E os três primeiros estavam mesmo definidos, numa reedição da luta pelo título em 2021 agora com o italiano ainda longe do francês, com Miguel Oliveira a ser depois “apertado” por Marc Márquez mas não só a resistir à pressão como a colocar pressão das duas últimas voltas sobre Nakagami, que perdeu mais de um segundo mas segurou o oitavo.
Congratualtions all around for @PeccoBagnaia! ????
He becomes the third Italian to win for Ducati at Mugello! ????#MotoGP | #ItalianGP ???????? pic.twitter.com/ZMcISV7oUD
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Com estes resultados, a segunda vitória de Pecco Bagnaia neste Mundial valeu uma subida ao terceiro posto do Mundial com 106 pontos, a 16 do líder Fabio Quartararo e a oito de Aleix Espargaró. Miguel Oliveira manteve o 11.º lugar agora com 50 pontos, a dez do top 10 que fecha nesta altura com Marc Márquez que vai ser operado de novo e falhar as próximas corridas (possivelmente até mesmo ao final do ano).
???? @PeccoBagnaia celebrating with the fans! ????
And treating them with some winning souvenirs! ????#MotoGP | #ItalianGP ???????? pic.twitter.com/uJWLP84rwT
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