Os novos radares de controlo de velocidade de trânsito em Lisboa, 21 que substituem equipamentos antigos e 20 em novas localizações, começam a funcionar a partir desta quarta-feira, dispondo de “tecnologia mais avançada” que permite monitorizar várias vias.

Há duas semanas, a Câmara Municipal de Lisboa anunciou a entrada em funcionamento dos 21 radares recentemente substituídos por novos equipamentos a partir desta quarta-feira, 1 de junho, referindo que os outros 20 equipamentos em novas localizações serão ligados a partir desta mesma data, mas “de forma gradual”.

Os 21 radares que substituem equipamentos antigos encontram-se na Avenida da Índia, Avenida de Brasília, Avenida Infante D. Henrique (dois sentidos), Avenida de Ceuta (dois sentidos), Avenida General Correia Barreto (dois sentidos), Avenida Marechal António Spínola (dois sentidos), Avenida Marechal Gomes da Costa, Avenida Almirante Gago Coutinho, Avenida Eusébio da Silva Ferreira, Avenida da República, Campo Grande, Avenida Cidade do Porto, Avenida João XXI, Avenida Afonso Costa, Túnel Marquês de Pombal, Avenida Marechal Craveiro Lopes e Avenida das Descobertas.

As localizações dos novos 20 radares são: Avenida Santos e Castro (dois sentidos), Avenida Lusíada (dois sentidos), Avenida Eusébio da Silva Ferreira, Avenida Padre Cruz (dois sentidos), Avenida Marechal Gomes da Costa, Avenida de Brasília, Avenida Infante D. Henrique (dois sentidos), Avenida Dr. Alfredo Bensaúde (dois sentidos), Avenida Almirante Gago Coutinho, Avenida de Ceuta, Avenida Calouste Gulbenkian, Avenida Marechal Craveiro Lopes (dois sentidos) e Avenida dos Combatentes (dois sentidos).

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O município, sob a presidência de Carlos Moedas (PSD), que governa sem maioria absoluta, referiu que o objetivo dos novos radares é “aumentar a segurança rodoviária e diminuir os acidentes na cidade de Lisboa”.

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A implementação dos novos radares como medida de segurança rodoviária foi decidida pelo anterior executivo camarário, sob a presidência de Fernando Medina (PS), num investimento total de 2,142 milhões de euros.

De acordo com o município, os novos aparelhos “são equipamentos modernos e com uma tecnologia mais atual, que possibilitam o controlo simultâneo de velocidade em várias vias e em ambos os sentidos”, enquanto os radares antigos apenas permitem controlar a velocidade numa única via.

Outra das funcionalidades é a possibilidade de o Centro de Coordenação da Mobilidade do município receber dados de tráfego em tempo real (velocidades médias, contagens de veículos com possibilidade de desagregar por tipologia de veículo, distância entre veículos para avaliar congestionamento da via), revelou a autarquia, referindo que a gestão destes radares é feita pela Polícia Municipal.

A instalação dos novos equipamentos de controlo de velocidade estava prevista ficar concluída até ao final de 2021, tendo o presidente da Câmara de Lisboa justificado a demora com a procura de uma nova forma de sinalização dos radares.

Em abril, o Automóvel Club de Portugal (ACP) disse que os novos radares, apesar de desligados, têm provocado já “um efeito dissuasor” no comportamento dos condutores, concordando com a instalação destes equipamentos fixos de controlo de velocidade, tal como a Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados (ACA-M), que considerou que o investimento neste âmbito peca por tardio.

Num comunicado, a Câmara de Lisboa indicou que, além do sinal de trânsito, foram instalados “painéis informativos” em todas as localizações dos novos radares, “de forma a sensibilizar os cidadãos para a necessidade de serem praticadas velocidades mais reduzidas”.

“É importante olharmos para os radares de maneira diferente, não devem ser punitivos. As pessoas devem saber que os radares ali estão, portanto, eles vão ser anunciados”, disse Carlos Moedas.