Macau vai rever legislação para incluir o vírus Monkeypox na lista de doenças transmissíveis, anunciaram esta quinta-feira as autoridades.

Vamos entregar uma proposta à Assembleia Legislativa para uma alteração da lei, para incluir a varíola dos macacos como uma doença transmissível”, revelou na conferência semanal da Saúde Tai Wa Hou, dos Serviços de Saúde de Macau.

Apesar de o território não ter detetado nenhum caso, o responsável revelou que as autoridades já elaboraram orientações sobre a doença, dando a conhecer “as manifestações clínicas, período de incubação, os grupos de risco”, entre outros.

Confirmados mais 19 casos de varíola dos macacos em Portugal, num total de 138

“Ao mesmo tempo, estamos a contactar os profissionais do setor e também estamos a preparar sessões de formação para que setor conheça melhor a doença, para reforçar essa capacidade de despistagem”, reforçou.

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O também médico da direção do Centro Hospitalar Conde de São Januário disse que, com base na situação mundial, Macau “não deve menosprezar a doença e deve estar preparado”.

“Já negociámos com os agentes farmacêuticos sobre as vacinas e os medicamentos para ficarmos preparados,” concluiu.

O Monkeypox, da família do vírus que causa a varíola, é transmitido de pessoa para pessoa por contacto próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados.

O tempo de incubação é geralmente de sete a 14 dias, e a doença, popularmente conhecida por varíola dos macacos, dura, em média, duas a quatro semanas.

A doença é endémica na África Ocidental e Central e menos perigosa que a varíola.

A Direção-Geral da Saúde de Portugal recomenda às pessoas que apresentem lesões ulcerativas, erupção cutânea, gânglios palpáveis, eventualmente acompanhados de febre, arrepios, dores de cabeça, dores musculares e cansaço, que procurem aconselhamento médico.

Variola dos macacos. Abstinência sexual, evitar contacto com animais domésticos e assintomáticos sem isolamento. DGS apresenta diretrizes