A CGTP marcou esta sexta-feira uma manifestação nacional para 7 de julho, em Lisboa, para que os trabalhadores façam convergir, na rua, os motivos das lutas que vão fazer ao longo de junho, pelo desagravamento das condições de vida.

A secretária-geral da CGTP, Isabel Camarinha, anunciou em conferência de imprensa que a manifestação será “um grande momento de convergência”, após a realização, este mês, de um conjunto de greves já marcadas e de dezenas de plenários, onde podem ser decididas outras formas de luta.

A manifestação, que decorrerá entre o Marquês de Pombal e a Assembleia da República, é o culminar de uma Ação de Luta Nacional, que decorreu desde 27 de março, sob o lema “Pelo aumento dos salários e pensões! Contra o aumento do custo de vida e o ataque aos direitos”.

Convocámos uma manifestação nacional para 7 de julho, (…) para que todos os trabalhadores possam, em convergência, trazer para a rua estas suas exigências, que são necessárias para garantir condições de dignidade de vida dos trabalhadores, reformados e pensionistas”, disse Isabel Camarinha.

Segundo a sindicalista, o aumento geral dos salários e das pensões é também essencial para o crescimento da economia e o desenvolvimento do país.

A CGTP reivindica como medidas essenciais o aumento extraordinário do Salário Mínimo Nacional para 800 euros a 1 de julho de 2022, um aumento extraordinário de todas as pensões e reformas que reponha o poder de compra, num mínimo de 20 euros, e o aumento extraordinário de todos os salários cuja revisão/atualização tenha sido absorvida pela inflação.

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Um aumento de 90 euros para todos os trabalhadores, a redução do horário de trabalho e o combate à desregulação dos horários, a erradicação da precariedade, o emprego com direitos, uma legislação laboral que contribua para a valorização do trabalho e dos trabalhadores e a defesa dos serviços públicos são outras das reivindicações na base do protesto da Inter.

Isabel Camarinha considerou ainda que a alteração da legislação laboral, no âmbito da Agenda para o Trabalho Digno, que foi aprovada na quinta-feira em Conselho de Ministro, continua a não responder aos problemas dos trabalhadores e até representa um recuo relativamente ao que estava previsto no ano passado, como é o caso do valor pago pelo trabalho extraordinário.

A CGTP realizou a 27 de março uma concentração junto à Assembleia da República, dia em que foi votado o Orçamento do Estado para 2022, dando assim início a uma ação nacional que se desenvolve ao longo do mês de junho, com concentrações, desfiles e manifestações, plenários e greves em vários setores em empresas.

A Docapesca, a Transtejo, a Soflusa, a CP e os CTT são algumas das empresas com ações de luta marcadas.