100 jogos. Esta quinta-feira, em Alvalade e contra a República Checa, Fernando Santos tornou-se o primeiro selecionador nacional centenário e atingiu mais uma marca redonda desde que assumiu a liderança de Portugal, em 2014. O treinador estreou-se com uma derrota em Paris, num particular contra França, e vingou-se dois anos depois no mesmo sítio e contra o mesmo adversário, na final do Euro 2016.

Resultado final? Chéquia-mate do rei Bernardo (a crónica do Portugal-República Checa)

O selecionador nacional leva 66% de vitórias nos jogos realizados, sendo já o terceiro treinador com maior percentagem de triunfos por Portugal, e é um dos três treinadores de seleções no ativo com mais de 100 partidas realizadas — sendo que os outros são Didier Deschamps, com França, e Luc Holtz, com o Luxemburgo. Em oito anos, Fernando Santos só perdeu 15 vezes e só sete desses desaires ocorreram em competições oficiais.

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Com dois títulos conquistados, o Euro 2016 e a Liga das Nações de 2019, o selecionador nacional é o mais bem sucedido de sempre, tendo prolongado também o condão de lançar vários jogadores na Seleção: desde 2014, entre 101 nomes convocados, 57 realizaram as primeiras internacionalizações. Cristiano Ronaldo, João Moutinho e Rui Patrício são os jogadores mais utilizados por Fernando Santos, sendo que Ronaldo é naturalmente o melhor marcador, seguido de André Silva e Diogo Jota. No que toca às assistências, Bernardo Silva é recordista absoluto e só é seguido de mais perto por Ricardo Quaresma e novamente por Ronaldo.

Na flash interview, já depois da vitória contra a República Checa em Alvalade que garantiu a liderança isolada do Grupo 2 da Liga A da Liga das Nações, o treinador disse que ganhar sem sofrer golos “é sempre importante”. “Desde que se marque, porque isso é que garante a vitória. O resultado é mais do que justo. Acho que, nos primeiros 20 minutos, controlámos o jogo mas sem ser ofensivos, sempre a circular por trás com pouca profundidade. Mas a controlar. Não permitimos as saídas da República Checa. A partir dos 20 minutos, começámos a circular com mais objetividade, a querer chegar à área e marcar. Fizemos dois golos, podíamos ter feito mais um ou dois, fruto da dinâmica que impusemos. Estávamos a dominar mas faltou dinâmica”, começou por dizer.

“Na segunda parte, o jogo baixou de ritmo. Muito controlo de bola mas sem atacar a profundidade. Apesar de termos tido mais oportunidades, a segunda parte denotou algum cansaço, não pressionámos tanto. A República Checa teve mais posse nessa fase e foi fruto disso. Estamos em primeiro, é sempre ótimo. Temos excelentes condições mas os adversários estão aí e querem ganhar. Faltam três jogos. Estar a antecipar… Parece-me pouco provável. Espanha ganhou, temos dois pontos de avanço. Naturalmente, está tudo em aberto. Em setembro é que isto se vai resolver, não é agora”, acrescentou Fernando Santos, ele que já leva o melhor arranque num ano civil pela Seleção, com quatro vitórias, um empate e zero derrotas e ainda 12 golos marcados e apenas dois sofridos entre a qualificação para o Mundial e a Liga das Nações. No fim, já à SportTV e quando questionado sobre a ambição portuguesa, o selecionador nacional foi peremptório: “Ganhar o Campeonato do Mundo”.