A Tesla, construtor norte-americano de veículos eléctricos, inaugurou a sua mais recente estação da rede de Superchargers, alcançando o 35.000º ponto de carregamento, o que lhe reforça o estatuto da maior rede de recarga do mundo. Os mais recentes Superchargers foram instalados na China, em Wuhan, cidade onde se suspeita que tenha “nascido” o vírus da Covid-19.

A Tesla já tinha anunciado que iria incrementar o ritmo com que reforça a rede de pontos de carga, sobretudo agora que a pretende abrir a veículos de outras marcas. O construtor encerrou 2020 com 23.277 pontos de carga, divididos por 2564 estações, tendo crescido para cerca de 30.000 em Novembro de 2021. Agora, a 10 Junho, cerca de seis meses depois, a Tesla inaugurou o 35.000º Supercharger, ou seja, colocou em funcionamento mais 5000 carregadores em apenas seis meses.

Este valor impressiona ainda mais se o compararmos com a rede rival da Ionity – pertença dos Grupos BMW, Mercedes, Hyundai/Kia e Volkswagen, além da Ford e do investidor BlackRock –, que inaugurou o primeiro ponto de carga a 350 kW em Abril de 2018, mas que ainda não conseguiu ultrapassar os 1774 carregadores e 416 estações, o que dá uma média de 4,26 pontos de carga por estação.

É certo que a rede da Ionity é apenas europeia, enquanto a da Tesla é global, mas mesmo se nos debruçarmos exclusivamente sobre os Superchargers no Velho Continente, a Tesla tinha 6039 em Março de 2021, divididos por cerca de 600 estações de carga, o que configura uma média ligeiramente inferior a 10 Superchargers por estação.

Não deixa de ser difícil explicar como é que um pequeno fabricante de automóveis, que não atingiu 1 milhão de unidades/ano, consegue construir com recursos próprios uma rede com 35.000 carregadores espalhados pelo mundo, sendo que mais de 6000 estão na Europa, enquanto cinco dos maiores e mais rentáveis grupos mundiais oferecem apenas uma rede com 1774 pontos de carga aos seus clientes, exclusivamente na Europa.

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