As urgências do serviço de obstetrícia do Hospital de Setúbal terão, no período do verão, um “radical aumento” das carências de médicos que se verificaram em junho. O responsável do serviço prevê 21 dias de encerramento e isto sem contar com possibilidades de baixas por doença que possam ainda vir a existir nesse período.

Nas contas que faz para os meses de julho, agosto e setembro, José Pinto de Almeida está, por agora, apenas a contabilizar os problemas que já sabe com que contará ao nível de “insuficiências para a constituição de escalas”, segundo explicou em entrevista à SIC Notícias. A isto ainda se poderão somar impedimentos mais comuns por parte dos médicos — por exemplo, este fim de semana o serviço fechou porque um dos médicos escalado ficou doente.

Para julho, o diretor do serviço do Hospital de Setúbal prevê, assim, nove dias de encerramento e mais seis para agosto e outros seis em setembro. “Muito mais do que tivemos em junho”, alerta desde já Pinto de Almeida apontando para o que se tem passado nas últimas semanas, nomeadamente nas semanas de feriados, com diversos serviços de urgência da especialidade fechados em vários hospitais do país por insuficiência de médicos.

As urgências de ginecologia e de obstetrícia do Hospital de Setúbal estiveram encerradas até este domingo de manhã, por decisão da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo este sábado. Aconteceu o mesmo que no feriado 10 de junho, quando o serviço teve de fechar por falta de médicos depois de um dos profissionais que estava ao serviço ter adoecido.

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