Macau contabilizou 49 casos positivos à Covid-19 na sequência de um novo surto detetado na madrugada de domingo, indicaram esta terça-feira as autoridades, que anunciaram o encerramento dos serviços públicos até sexta-feira.

“Entre essas 49 pessoas, 15 apresentaram sintomas, ou seja, são considerados casos confirmados, e 34 são assintomáticos”, explicou em conferência de imprensa o diretor dos Serviços de Saúde de Macau, Alvis Lo.

Com estas novas infeções, Macau regista um total de 98 casos de covid-19 e zero mortes desde o início da pandemia. À semelhança do interior da China, a região administrativa especial segue uma política de zero casos, em que os assintomáticos não entram para as contas oficiais do Governo, apesar de serem igualmente obrigados a cumprir as medidas de isolamento.

Macau decretou no domingo de madrugada o estado de prevenção imediata, depois de detetar 12 casos de Covid-19, e decidiu avançar para a testagem de toda a população durante um período de 48 horas.

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Questionado sobre se o Governo está a preparar um novo teste geral, o responsável pelos Serviços de Saúde disse que, na quarta-feira, vai ser pedido “a todos os residentes de Macau” que realizem um teste rápido em casa.

“Se houver resultados positivos, talvez tenhamos de ter outra testagem em massa”, avançou.

Ainda no que diz respeito às medidas de contenção do surto, as autoridades apontaram o alargamento das zonas de confinamento: estão delimitadas 11 “zonas de controlo selado”, onde é apenas permitida a entrada de pessoas, sendo que lhes está vedada a saída, e cinco “zonas de prevenção”, com a interdição de saída dos edifícios antes de ser efetuado o primeiro de cinco testes de ácido nucleico obrigatórios.

Caso algum dos residentes destas áreas de confinamento tenha viagem marcada para o exterior, não tem permissão para sair de casa, mesmo perante a apresentação de um teste negativo à Covid, sublinhou Lo.

“Temos de assegurar que a epidemia não se propaga para fora de Macau”, notou, voltando a lançar um apelo à população do território, de mais de 680 mil pessoas, para que permaneça em casa.

Os serviços públicos mantêm-se encerrados pelo menos até sexta-feira, de acordo com um despacho do chefe do Executivo publicado hoje em Boletim Oficial, e as atividades educativas das escolas também vão permanecer suspensas.

Desde o início do surto, as autoridades suspenderam ainda o funcionamento dos equipamentos sociais que prestam serviços diurnos (creches, centros de cuidados especiais e centros comunitários) e as visitas a lares de idosos, bem como o encerramento de museus.