A McMurtry, o fabricante britânico do pequeno mas espectacular Spéirling, nunca escondeu que pretendia bater o recorde da rampa de Goodwood, onde se realiza o Festival da Velocidade. Com a largura e o comprimento de um F1 dos anos 60, 1000 cv fornecidos por um motor eléctrico instalado no eixo traseiro, 60 kWh de bateria e apenas 1000 kg de peso, o estranho veículo de competição impõe-se ainda por possuir uma suspensão activa com altura regulável, para aproximar o chassi do solo em pista, tornando mais eficiente a turbina com 80 cv para extrair o ar sob o chassi. Isto cola o Spéirling ao solo ao gerar 2000 kg de downforce, mesmo quando está parado, valor que sobe para 2250 kg a 240 km/h.
Para atingir o seu objectivo, o Spéirling tinha de retirar uns centésimos de segundo aos 39,90 segundos que o VW ID. R necessitou para ir a linha de partida à bandeira de chegada. Conduzido pelo ex-piloto de F1 Max Chilton, o Spéirling realizou a primeira subida de treinos em 41,29 segundos, para depois baixar para 40,05.
Na subida de prova, realizada no domingo, Chilton foi cronometrado em 39,08 segundos, batendo assim o VW ID. R, pilotado por Romain Dumas, tornando-se o novo recordista de Goodwood. E se o Spéirling passou a deter o recorde à geral e entre os eléctricos, não houve um único veículo animado por um motor de combustão que se aproximasse.
