“O melhor concerto de Da Weasel de sempre”. A crença é esta, partilhada por toda a banda que atua este sábado no Alive, e foi adiantada aos jornalistas numa conversa que antecedeu o concerto.

Ainda nas declarações à imprensa, o grupo adiantou que “no princípio do próximo ano” vai ser publicada “uma biografia autorizada” sobre a banda. Já sobre o futuro, depois de este regresso para um concerto no Passeio Marítimo de Algés, o grupo continua a fechar-se em copas: para já, nada dizem.

No início de 2020, em conversa com o Observador, Guilherme Silva, membro da banda, dizia: “Temos a exclusividade com o NOS Alive. Temos esse concerto este ano, foi isso que nos propusemos a fazer. A partir daí tudo pode acontecer”.

“É muito importante sentir que a música que fizemos há 20 anos sobrevive”

Em conversa com os jornalistas, “Jay Jay Neige” (João Nobre, músico da banda) afirmou que os Da Weasel têm sentido “o carinho, o entusiasmo e a ansiedade” dos fãs, prometendo “retribuir com todas as forças que tivermos”. Já o irmão de João Nobre, “Pacman” (Carlão), referiu:

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Para nós é muito importante sentir que a música que fizemos há 20, 30 e há 10 anos sobrevive hoje em dia. A música passar o teste do tempo. É fácil teres um one hit wonder. Fizemos coisas boas e sentimos que a nossa música mantém-se atual”, apontou o MC do grupo.

Lembrando que o grupo passou “dois anos e meio a trabalhar para um concerto de uma hora e meia”, já que a atuação esteve prevista para 2020 mas acabou adiada devido à pandemia da Covid-19, Carlão lembrou o contexto do final da banda: “Acabámos por nunca fazer uma despedida como deve ser, nunca fizemos um último concerto”. E mostrou-se convicto: “Acho que estamos com mais experiência, definitivamente, se calhar estamos mesmo a tocar melhor estes temas”.

Já sobre o alinhamento da atuação prevista para as 21h de este sábado, Virgul apontou: “O alinhamento foi difícil, depois de tanta estrada e tanto álbum. Tivemos de chegar a um consenso, procurámos a energia que o festival pede e vamos tocar aquelas que temos de tocar”. O alinhamento, notou ainda, “mantém-se desde 2019”, altura em que o concerto de regresso foi anunciado. Ou seja, não se alterou durante os dois anos de pandemia: “Estávamos certos de para onde íamos, ensaiámos sempre estes temas”.

Já sobre o “day after” ao concerto, inquirido pelos jornalistas, “Pacman” apontou: “Vai ser um dia de descompressão, para desligar o telemóvel. Isto leva muito de nós, são muitos anos da nossa vida, 16 na estrada e a fazer discos. São músicas que nos dizem muito e batem muito, foram muitos ensaios, muito suor, há muita história aqui. Toda a gente vai estar em descompressão máxima. É algo muito intenso, desengane-se quem pense o contrário”.