O Reino Unido vai dar mais uma dose de reforço da vacina contra a Covid-19 às pessoas acima dos 50 anos no outono, declarou este sábado a Agência de Segurança da Saúde do país (UKHSA, sigla em inglês). A medida pretende aumentar a proteção contra os vírus respiratórios no inverno, num plano que também inclui a administração de vacinas gratuitas contra a gripe.
Inicialmente, os especialistas do órgão de saúde pública recomendavam esta dose de reforço apenas para maiores de 65 anos, mas a onda de casos causada pelas subvariantes da Ómicron BA.4 e BA.5 – mais infecciosas — fez ampliar as medidas. As infeções pelo SARS-CoV-2 cresceram 30% na semana passada, com cerca de 3,5 milhões de britânicos infetados, de acordo com a Agência de Estatísticas Nacionais (ONS, sigla em inglês), desencadeando uma onda de casos que está a agravar a pressão hospitalar e a causar atrasos no serviço de ambulâncias.
Segundo as recomendações, mulheres grávidas, profissionais de saúde e assistentes sociais também podem ser elegíveis para a vacina de reforço contra a Covid-19. Da mesma forma, a vacinação é estendida a pessoas entre os cinco e 49 anos que pertençam a grupos de risco, que trabalhem em lares ou que convivam com pessoas com imunossupressão.
Para a gripe, a vacinação gratuita foi estendida à faixa etária entre 50 e 64 anos e aos adolescentes entre 11 e 14 anos, que se somam aos grupos já inicialmente previstos de idosos acima dos 64 anos e as crianças no pré-escolar e no primeiro ciclo do ensino básico.
“Estender a elegibilidade para a vacina contra a gripe ajudará a reduzir o número de pessoas que podem ficar gravemente doentes e aliviará as pressões sobre o NHS (Serviço de Saúde Pública do Reino Unido), particularmente durante o movimentado período de inverno”, disse Mary Ramsay, responsável pelo serviço de vacinação da UKHSA.
A Covid-19 é provocada pelo SARS-CoV-2, vírus detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China. A variante Ómicron, que se dissemina e sofre mutações rapidamente, tornou-se dominante no mundo desde que foi detetada pela primeira vez, em novembro, na África do Sul.
Os dados mais recentes da Universidade Johns Hopkins, que continua a compilar os números, apontam para mais de 6,3 milhões de mortos e mais de 561,4 milhões de casos em todo o mundo.