Os embaixadores dos 27 Estados-membros junto da União Europeia aprovaram esta quarta-feira o embargo às importações de ouro russo e várias medidas para melhorar a implementação dos pacotes de sanções já adotados face à agressão militar russa à Ucrânia.
Os embaixadores aprovaram o próximo pacote de sanções em resposta à agressão russa contra a Ucrânia. As novas medidas irão alinhar a UE com os parceiros do G7, reforçar a implementação e colmatar as lacunas sempre que necessário”, anunciou a presidência rotativa checa do Conselho da UE.
Em publicações na sua página oficial na rede social Twitter, a presidência checa precisa que este novo pacote, em grande parte de ajustamentos aos seis pacotes de sanções anteriormente adotados, será formalmente adotado pelo Conselho por procedimento escrito e entrará em vigor após a sua publicação em Jornal Oficial, o que deverá suceder na sexta-feira.
Só então serão conhecidos os nomes acrescentados à lista de pessoas individuais e coletivas alvo de sanções.
O aval dos embaixadores tem lugar dois dias depois de os chefes da diplomacia da União Europeia terem dado apoio político à proibição de importações de ouro russo, incluindo jóias, num Conselho de Ministros dos Negócios Estrangeiros realizado em Bruxelas.
Pudemos confirmar um apoio por parte de todos os Estados-membros em relação ao novo pacote de sanções, incluindo [uma proibição à importação] de ouro”, anunciou na ocasião o chefe da diplomacia portuguesa, João Gomes Cravinho, segundo o qual “não há razão nenhuma para se estar a importar ouro da Rússia”.
O ouro é um dos produtos mais exportados pela Rússia, com as exportações a valerem cerca de 15 mil milhões de dólares (quase o mesmo em euros) para a economia russa em 2021.
Este pacote, contudo, visa sobretudo melhorar a eficácia na implementação de todas as sanções já adotadas desde fevereiro e alinhá-las com as dos parceiros internacionais, designadamente do grupo dos sete países mais industrializados do mundo (G7), embora neste caso a UE vá mais longe, dado que o G7 decidiu proibir o comércio de ouro russo, mas não incluiu as jóias, que estão abrangidas pelas sanções europeias.