Um estudo realizado pelo Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC) concluiu que existem zonas pedonais na cidade que carecem de ser melhoradas, nomeadamente no perímetro dos hospitais, Estação de Coimbra B e polo III da Universidade.

Neste estudo, foi analisada a mobilidade nas zonas envolventes da futura rede do Metro Bus na cidade de Coimbra, tendo-se concluído que há zonas da cidade que necessitam de melhoria das condições para andar a pé”, referiu o ISEC, em comunicado enviado à agência Lusa.

Para os promotores do estudo, “a futura rede de Metro Bus em construção no interior da cidade de Coimbra é uma oportunidade para melhorar a acessibilidade e tirar partido dos benefícios sociais, ambientais e económicos da caminhada, tornando a cidade de Coimbra mais sustentável”.

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Segundo o ISEC, “foram utilizados dados de acesso livre relativos à cidade de Coimbra e foi aplicada a metodologia Open-Source Walkability Tool for European Union Member States”.

O algoritmo considera quatro dimensões para avaliar a caminhabilidade: permeabilidade da rede pedonal (inexistência de barreiras físicas); densidade populacional (mais pessoas significa mais contactos sociais); infraestrutura verde (ambiente mais confortável e saudável) e amenidades (comércio, entretenimento, instituições de ensino, escritórios, equipamentos recreativos e desportivos que atraem mais pessoas)”, explicou a instituição.

De acordo com o estudo, desenvolvido no âmbito da licenciatura em Gestão Sustentável das Cidades, as zonas do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Hospital Pediátrico de Coimbra e polo III da Universidade de Coimbra (servidas pelas estações do Hospital Pediátrico, Consultas Externas e HUC/Pólo III) “têm níveis fracos de caminhabilidade, apesar de serem geradoras de muitas viagens diárias”.

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A investigação sugeriu algumas melhorias no espaço público para promover as deslocações a pé, que passam pela redução de barreiras físicas e melhoria das infraestruturas verde e pedonal.

As alterações convidarão mais pessoas a deslocar-se a pé naquela zona, o que levará à instalação de amenidades e serviços de apoio que, por sua vez, atrairá mais pessoas”, referiu o ISEC.

Por outro lado, o estudo retratou a zona envolvente à Estação Coimbra B “como uma rede pedonal pouco permeável e uma infraestrutura verde sem continuidade, o que prejudica a mobilidade pedonal.

Para o presidente do ISEC, Mário Velindro, este projeto desenvolvido “é um bom exemplo da dinâmica académica e da sua interação com a região, no âmbito das smart cities (cidades inteligentes).