As máquinas de suporte de vida de Archie Battersbee não foram desligadas às 11h. Os pais da criança de 12 anos cumpriram o prazo e apresentaram ao Supremo Tribunal inglês o pedido de transferência para uma unidade de cuidados paliativos na manhã desta quinta-feira, 4 de agosto.
Na quarta-feira, 3 de agosto, os pais de Archie recorreram ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, conseguindo outro adiamento do desligar das máquinas, que estava agendado para as 11 horas desse dia — o processo deu entrada no tribunal duas horas antes do horário agendado para dar início ao protocolo. Horas depois, o órgão judicial recusou interferir na decisão da Justiça britânico, apurou a Sky News, alegando que não podia substituir os “tribunais nacionais”, nem desejava interferir na legislação britânica.
No mesmo dia, o mesmo canal revelou que os pais de Archie tinham até às 9h desta quinta-feira, 4 de julho, para recorrer para o Supremo Tribunal para conseguir permissão para transferir a criança para uma unidade de cuidados paliativos. Ficou nesse momento a saber-se que, caso não o fizessem até às 9h, as máquinas seriam mesmo desligadas. Na terça-feira o Supremo Tribunal britânico tinha-se pronunciado, pela terceira vez, a favor da decisão médica de desligar as máquinas que mantêm a criança viva apesar do diagnóstico de morte cerebral.
O caso tem-se arrastado pelos tribunais depois de os médicos terem decretado a morte cerebral de Archie Battersbee que desde abril está hospitalizado. Archie foi encontrado inanimado em casa pelos pais, com a mãe a apontar o motivo para um desafio viral do TikTok.