Quando todas as vias já pareciam esgotadas e o desligar das máquinas que mantêm Archie Battersbee, de 12 anos, que está em morte cerebral, vivo estava agendado para as 11 horas, ficou a saber-se que os pais recorreram para o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos. Horas depois, o órgão judicial recusou interferir na decisão da Justiça britânico, apurou a Sky News.

Segundo o canal televisivo, o Tribunal dos Direitos Humanos alega que não pode substituir a decisão dos “tribunais nacionais”, nem deseja interferir na legislação britânica.

No entanto, esta não foi a decisão final sobre o caso. Segundo a mesma estação televisiva, os pais de Archie têm até às 09h00 desta quinta-feira para recorrerem para o Supremo Tribunal com o objetivo de conseguir permissão para transferir a criança para uma unidade de cuidados paliativos. Caso não o faça, as máquinas serão mesmo desligadas às 11h00.

Pais de Archie conseguiram adiar momento, mas decisão do Supremo decreta o desligar das máquinas à criança em morte cerebral

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O caso tem-se arrastado pelos tribunais depois de os médicos terem decretado a morte cerebral de Archie Battersbee que desde abril está hospitalizado. Archie foi encontrado inanimado em casa pelos pais, com a mãe a apontar o motivo para um desafio viral do TikTok.

O pedido de urgência da família ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, em Estrasburgo, deu entrada antes das 9 horas, duas horas antes do momento que estava estipulado para dar início ao protocolo — já apresentado à família — para desligar as máquinas.

Archie, o menino em morte cerebral a quem os pais não querem ver desligar o coração

Na terça-feira o Supremo Tribunal britânico tinha-se pronunciado, pela terceira vez, a favor da decisão médica de desligar as máquinas que mantêm a criança viva apesar do diagnóstico de morte cerebral.

Em terreno britânico estavam esgotadas as alternativas dos pais, que decidiram agora recorrer a tribunais superiores.

Notícia atualizada às 22h20 de dia 3 de agosto