Depois do abandono do Giro após ter contraído Covid-19 quando lutava com Mikel Landa para tentar ainda chegar a um histórico terceiro lugar (sendo que a camisola branca da juventude era já uma “certeza”), João Almeida fez o isolamento, teve um período de recuperação, foi aos Campeonatos Nacionais ganhar a prova de estrada e acabar em terceiro o contrarrelógio ganho por Rafael Reis e acabou por desistir da Donostia San Sebastian Klasikoa, no final do mês. Seguia-se a Volta a Burgos, também ela discreta… até agora.

Após ter andado sempre perto dos corredores da frente mas sem arriscar vitórias em etapas ou bonificações para a classificação geral, o português da UAE Emirates chegava à última etapa entre Lerma e Lagunas de Neila na 15.ª posição a 42 segundos da liderança e a 16 de um lugar no pódio, ocupado por outro corredor português, Rúben Guerreiro. No entanto, quase tudo mudou nos derradeiros 170 quilómetros.

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João Almeida conseguiu a segunda vitória do ano em provas por etapas, depois de já ter ganho a quarta tirada da Volta à Catalunha, batendo numa chegada ao sprint em montanha o espanhol Miguel Ángel López. Com este resultado, o corredor que estará este mês na Vuelta deu uma salto de 13 posições na geral, subindo para o segundo posto apenas atrás do agora francês Pavel Sivakov, da Ineos, terceiro na etapa.

Já Rúben Guerreiro, português da EF Education que ocupava o terceiro lugar da geral após terminar as três primeiras etapas no top 6 (sendo segundo em Burgos e quarto em Villarcayo), não foi além do sexto lugar em Lagunas de Neila, descendo assim três posições na geral que terminou com Sivakov na frente, Almeida e López (Astana) no pódio a 35 segundos, Carlos Rodríguez em quarto (Ineos, a 41 segundos), Ilan van Wilder em quinto (Quick-Step, a 42 segundos) e Rúben Guerreiro em sexto (a 47 segundos). Ainda no top 10 ficaram outros nomes de peso como o vencedor do Giro, Jai Hindley, Buitrago e Wilco Kelderman.