A Comissão Nacional da Unesco revelou esta sexta-feira que nada indica que o Estrela Geopark perca a classificação de Geopark Mundial atribuída por aquela organização internacional apenas por motivos relacionados com os incêndios.
“Nada indica que o geoparque da Estrela perca tal classificação apenas por motivos relacionados com um fogo florestal“, refere uma resposta escrita da Comissão Nacional da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) enviada à agência Lusa.
Segundo a Comissão Nacional da Unesco, “as avaliações competem às instâncias dos Geoparques Mundiais da Unesco, que as levam a cabo de quatro em quatro anos, para aferir do cumprimento, por parte dos geoparques, dos objetivos e condições que levaram à sua criação, pelo que, não sendo da sua competência, a Comissão Nacional não irá efetuar nenhuma avaliação”.
O Estrela Geopark, classificado como Geopark Mundial da Unesco em 2020, inclui parte ou a totalidade dos nove municípios que se estruturam em torno da serra da Estrela (Belmonte, Celorico da Beira, Covilhã, Fornos de Algodres, Gouveia, Guarda, Manteigas, Oliveira do Hospital e Seia), segundo o seu site na Internet. Tem uma área d 2.216 quilómetros quadrados.
Ainda de acordo com este site, os Geoparks Mundiais da Unesco “são áreas geográficas bem delimitadas, onde os sítios e paisagens de importância geológica internacional são geridos a partir de uma visão holística de proteção, educação e desenvolvimento sustentável”.
O incêndio que deflagrou às 03h18 de sábado, na localidade de Garrocho, freguesia de Cantar-Galo e Vila do Carvalho, no concelho da Covilhã (distrito de Castelo Branco), alastrou para Manteigas, Gouveia, Celorico da Beira e Guarda (Guarda).
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Neste dia às 11h15, estavam no terreno 1.607 operacionais, apoiados por 477 viaturas e 14 meios aéreos, segundo o sítio na Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.