A Micronésia, as Ilhas Marshall e Tuvalu eram, segundo se estimava, os últimos países do Pacífico que não foram afetados pela Covid-19. Há cerca de um mês, a Micronésia registou uma propagação do vírus. Agora, é a vez das Ilhas Marshall contabilizarem o primeiro surto de casos.

Micronésia perde estatuto de um dos raros territórios livres de casos de Covid-19

Na passada segunda-feira, dia 8 de agosto, foi confirmada a primeira propagação local do novo coronavírus na população das Ilhas Marshall, naquela que foi a primeira transmissão comunitária do vírus no país. O governo loca declarou um “estado de desastre sanitário”, fechou as escolas e introduziu uma série de medidas de saúde pública.

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Passámos de um estado de prevenção para um estado de mitigação. Os dias de quarentena, à chegada, acabaram”, escreveu, no Facebook, Jack Niedenthal, secretário da Saúde e Serviços Humanos do país, assegurando que “75% dos testes realizados” confirmaram resultados positivos e a variante predominante é a Ómicron, à semelhança do que se sucede à escala global.

Já esta segunda-feira, uma semana depois do início do surto, os casos de infeção continuaram a aumentar, registando-se 571 novos casos nas últimas 24 horas, um aumento de quase nove vezes face aos números de quarta-feira (65). Com base nos dados mais recentes, na capital Majuro, um em cada dez habitantes foram infetados nos últimos dias. Atualmente existem 2.800 pessoas infetadas na cidade que tem cerca de 22.500 habitantes.

Desde outubro de 2020, as Ilhas Marshall registaram duas mortes e um total de 3.036 casos, sem que nunca tivesse sido reportado um surto provocado pela Covid-19, em muito devido às fortes regras de quarentena, implementadas pelo governo, para combater o vírus. O relaxamento dessas regras que ocorreu nas últimas semanas e a elevada entrada de turistas são as principais causas do surto, suspeitam os governantes.