Várias centenas de trabalhadores da TAP, entre pilotos, tripulantes de cabine e técnicos de manutenção, manifestam-se esta terça-feira, em Lisboa, numa marcha silenciosa até ao Ministério das Infraestruturas, pela melhoria da qualidade do serviço e sustentabilidade da empresa.
Pelas 08h30, pilotos, tripulantes de cabine e técnicos de manutenção de aeronaves, maioritariamente fardados ou vestidos de preto e branco, começaram a concentrar-se na praça do Campo Pequeno, de onde seguiram em silêncio para o Ministério liderado por Pedro Nuno Santos, que fica próximo do local, onde vão entregar uma carta.
Entre os cartazes levados pelos trabalhadores leem-se frases como “se agora contratam a peso de ouro, porque é que despediram?”, ou “os despedimentos na TAP saem caros a todos”.
Na sexta-feira, as direções do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) e do Sindicato dos Técnicos de Manutenção de Aeronaves (SITEMA) anunciaram o protesto, que junta “pela primeira vez na história da aviação nacional, pilotos, pessoal de cabine e técnicos de manutenção”.
No dia 16 de agosto, às 08h30, com partida do Campo Pequeno e chegada ao Ministério das Infraestruturas e Habitação, iremos mais uma vez, abdicar de folgas, férias e dias livres, garantindo assim que nenhum passageiro é prejudicado por este nosso protesto”, lê-se no comunicado conjunto.
O objetivo, dizem, “é a melhoria contínua da qualidade do serviço que presta aos seus clientes e a sustentabilidade da própria empresa, mantendo os elevados padrões de segurança da operação pelos quais fomos sempre reconhecidos”.
“Os trabalhadores e os passageiros estão juntos quando viajam e estão juntos nesta luta pelo alinhamento entre as opções de gestão e aquilo que o país necessita da TAP”, dizem os três sindicatos, afirmando ainda que “os aviões [da TAP] não voam sem pilotos, sem pessoal de cabine e sem uma boa manutenção nem chegam a sair do chão”.
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Atualizada às 10h13