Trevor Rees-Jones, o antigo guarda-costas de Diana e único sobrevivente do acidente rodoviário que matou a princesa de Gales, Dodi Al-Fayed e o seu motorista, Henri Paul, foi visto pela primeira vez em cerca de cinco anos e é agora chefe de segurança da farmacêutica AstraZeneca, conta o Daiy Mail. O seu reaparecimento coincide com a aproximação da data que marca os 25 anos sobre o acidente em Paris e a estreia de um novo documentário sobre o acontecimento.

Trevor Rees, como é conhecido agora, tem 54 anos, é casado, tem dois filhos e um cão e vive na localidade de Shropshire, em Inglaterra. Regressou há cinco anos, depois de ter trabalhado para as Nações Unidas e ter ganho uma pequena fortuna enquanto diretor de segurança da empresa de combustíveis Halliburton (no Texas), segundo o meio britânico. Na altura do acidente, o ex-guarda-costas ficou gravemente ferido, passou 10 dias em coma, o seu rosto teve de ser reconstruído por cirurgiões com a ajuda de 150 peças em titânio e uma foto antiga. Também sofreu de amnésia e comunicava por sussurros e escrita.

Um documentário que levanta novas questões

As novidades sobre a vida de Trevor Rees surgem numa altura que a morte de Diana e o acidente voltam a dar que falar. A 30 de agosto assinalam-se 25 anos sobre a tragédia e no domingo passado o Channel 4 britânico exibiu um documentário em quatro partes, com o nome “Investigating Diana: Death in Paris”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

O novo documentário conta com o testemunho de investigadores e levanta questões sobre uma nota onde consta que Diana desconfiava que pudesse ser vítima de um acidente de carro, mas que esteve guardada durante anos.

Em outubro de 1995, Diana teve uma reunião com o seu advogado pessoal, Lord Mishcon, para lhe dizer que receava ser vítima de um acidente de carro encenado. Ele terá tirado notas desta reunião e o documento ficou conhecido como “Mishcon note”, foi passado à polícia inglesa depois do acidente e colocada num cofre.  Contudo, só em 2003 estas notas chegaram ao inquérito que investigava a morte da princesa de Gales, mas pela mão do mordomo de Diana, Paul Burrel, que terá escrito notas semelhantes.

O advogado Michael Mansfield, que representou Mohamed Fayed (pai de Dodi) também participa no programa e diz que o documento “é importante porque equivale à premonição de alguém”, cita o jornal. Para o advogado a decisão de guardar as notas “demonstra relutância em ter o casa devidamente investigado desde o início” e diz que “guardaram-nas durante anos para proteger o establishment, nomeadamente a família real”.

Terá cabido a um antigo comissário da polícia britânica, Sir Paul Condon, a decisão de colocar o documento num cofre, depois de discutir o assunto com Lord Mishcon, e este ter achada que não seria relevante.