Três homens foram queimados vivos por um grupo de populares, na Guatemala, depois das suspeitas de terem sequestrado e morto uma criança de 11 anos.

O caso aconteceu na passada segunda-feira na cidade de Colotenango. Quando a população teve conhecimento do sequestro, começou a ‘caça ao homem’ — dois com 24 anos e outro com 38 — para descobrir a identidade dos criminosos.

Procurados por cerca de 6 mil pessoas, foram localizados e entregues à polícia. Quando estavam prestes a ir a julgamento, foram raptados pelos populares, regados com gasolina e ateados com fogo.

O jornal espanhol El Mundo, conta que os raptores enviaram aos pais uma foto do menor ao lado de um dos raptores que estava armado com uma caçadeira. Pediram ainda um resgate de 100.000 quetzales (13.300 euros) para que estes recuperassem o menino.

O casal, que nunca chegou a contactar as autoridades, não conseguiu entregar o dinheiro e a criança foi depois assassinada e enterrada numa fossa séptica com três metros de profundidade.

Tendo em conta as circunstâncias e o estado de decomposição dos corpos, a Polícia Nacional Civil, autoridades guatemaltecas, não conseguiram identificar nenhum responsável, ou responsáveis, pelo crime hediondo. A Procuradoria-Geral de Huehuetenango já disse estar a investigar o caso, admitindo também que podem não existir detidos no processo tendo em conta o elevado número de pessoas envolvidas.

O número de homicídios na Guatemala tem vindo a aumentar, o que faz com que os guatemaltecos percam cada vez mais a confiança nas autoridades e queiram fazer justiça pelas próprias mãos. Dados do ministro da Governação do país revelam que o número de homicídios está entre 16 e 17 por 100 mil habitantes.

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