Apesar de ser quase impossível confundir o emblema da Citroën com o da Polestar, os franceses alegam que ambos recorrem ao double chevron, ainda que com diferente orientação. Daí que a Citroën tenha recorrido à justiça gaulesa para impedir a comercialização em França dos modelos deste construtor sueco de capital chinês. Mas a disputa entre os dois construtores parece ter sido entretanto resolvida e a crise desaparecido, sem uma justificação.

Depois de conseguir que França virasse as costas à Polestar, impedindo a venda do Polestar 2 ainda antes de começar o julgamento por cópia não autorizada do emblema, a Citroën fez ainda com que os franceses deixassem de ter acesso ao site da marca. Quem tentasse aceder ao website da Polestar era informado que o mesmo não estava disponível para o público francês devido a restrições relacionadas com a utilização de marcas e símbolos registados em França, com as referências 016898173 e 01689532.

Depois desta vitória em França, a Citroën avançou para a União Europeia com os mesmos argumentos, tudo indicando que teria alguma probabilidade de sucesso. Como a possibilidade de ficar impedida de vender nos países da União é algo inconcebível para o construtor sueco da Geely, face à estratégia que implementou para o Velho Continente, não é impossível pensar que foram os chineses a revelar maior flexibilidade neste braço de ferro judicial.

De acordo com o jornal francês Le Monde, Citroën e Polestar enterraram o machado de guerra que começaram a esgrimir em 2020, por os franceses utilizarem o double chevron sobreposto e os suecos terem criado a sua versão com os dois “V” opostos. O mercado francês volta a estar aberto às vendas da Polestar e desaparece a ameaça que pairava sobre o mercado europeu.

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