Liz Truss, a nova primeira-ministra do Reino Unido, chegou ao Twitter em agosto de 2009 e não teve outro remédio senão assinar como @trussliz — o nome pela ordem certa tinha sido tomado apenas três meses antes por outra britânica, Liz Trussel, esta segunda-feira subitamente catapultada para a fama (pelo menos naquela rede social), a reboque da sucessora de Boris Johnson.
Assim que a notícia da eleição para a liderança do Partido Conservador foi conhecida, começaram a chegar as mensagens de congratulação e crítica — ao Twitter de Liz Truss e também ao de Liz Trussel.
British woman Liz Trussell, who tweets as @LizTruss, has been spending the morning replying to world leaders and it's possibly the best thing in the history of the internet. pic.twitter.com/hGGbc7FPMm
— Pádraig Belton (@PadraigBelton) September 6, 2022
Os enganos foram cometidos não apenas por cidadãos anónimos mas também por contas oficiais, como a do governo da Suécia ou a de Caroline Lucas, ex-eurodeputada e deputada do Partido Verde em Brighton Pavillion, que recorreu àquela rede social para criticar a nova e o antigo PM.
“Liz Truss ainda não percebeu — Boris Johnson não conseguiu fazer o Brexit, os seus inúmeros erros sobre a Covid custaram inúmeras vidas, e ele sai depois de ter desonrado o cargo. Entretanto, ela fez campanha como ideóloga de direita e irá governar como tal — o que é um desastre para todos nós”, escreveu a deputada e antiga líder do partido na conta errada. Em vez de lhe responder diretamente, Trussel preferiu dar o troco a outro comentador, que acrescentou à lista mais um “defeito”: “E aposto que ela gosta de bolo”, escreveu ele, “Adoro bolo!”, respondeu ela, com um emoji a acompanhar.
.@LizTruss still doesn’t get it – Boris Johnson did *not* get Brexit done, his myriad mistakes over Covid cost countless lives, & he leaves having disgraced his office. Meanwhile, she’s campaigned as a right wing ideologue & will govern as such – which is a disaster for all of us
— Caroline Lucas (@CarolineLucas) September 5, 2022
Ao contrário de Magdalena Andersson, a primeira-ministra sueca, que assim que percebeu o erro apagou o post, Caroline Lucas manteve a publicação, pediu desculpas e aproveitou para lançar mais uma farpa: “Omeu tweet anterior devia ter sido dirigido a @trussliz — não a Liz Trussell que tweetou em @Liztruss — mas, para dizer a verdade, ela provavelmente faria um trabalho melhor”.
— Nils Persson (@Subcomandante_P) September 5, 2022
Por muito que a conta de Twitter do governo sueco tenha entretanto apagado o post em que dava os parabéns à nova primeira-ministra britânica, a bem-humorada resposta de Liz Trussel continua online: “Estou ansiosa por fazer-vos uma visita em breve! Preparem as almôndegas”.
J. Sharp, utilizador daquela rede social que se apresenta como analista político e militar e que também se enganou a identificar a nova primeira-ministra britânica, partilhou entretanto uma montagem de @liztruss — “e não de @trussliz”, ressalvou —, “aceitando graciosamente as suas responsabilidades durante a Guerra”.
????In honour of ???????? humour and yesterday's 'tweet in haste, repent at ones leisure' moment, here is @LizTruss (not @TrussLiz) gracefully accepting her responsibilities during Wartime, of her Leadership!
✊#StandWithUkraine????????
????#UnitedWithUkraine????????
✌#VictoryInEurope???????? pic.twitter.com/hnrrIvDgox— ????J.Sʜᴀʀᴘ1436@ᴍsᴛᴅɴ.sᴏᴄɪᴀʟ????????Fʀᴇᴇᴅᴏᴍ????Dᴇᴍᴏᴄʀᴀᴄʏ⚖️ (@JSharp1436) September 7, 2022