O Rei Carlos III herdou esta quinta-feira da mãe o trono do Reino Unido e uma fortuna pessoal estimada em 370 milhões de libras (cerca de 425,6 milhões de euros ao câmbio desta quinta-feira), que receberá sem pagar imposto sucessório, num privilégio reservado às transmissões reais.
Segundo o jornal britânico The Sunday Times, a fortuna pessoal da soberana falecida esta quinta-feira, subiu cinco milhões de libras face a 2021.
Da fortuna faz parte património como o castelo de Balmoral, na Escócia, onde Isabel II morreu e que é o destino de verão da família real britânica.
Também a residência de Sandringham, na Inglaterra, é propriedade privada do monarca britânico, sendo o local onde a família habitualmente celebra a passagem do ano.
A Rainha possuía também uma grande carteira de ações e uma coleção de selos reais estimada em 100 milhões de libras (115 milhões de euros), segundo noticiava o jornal britânico The Times em 2021.
A fortuna de Isabel II vai juntar-se ao património pessoal que Carlos III já tem, estimado em 100 milhões de euros, segundo o site celebritynetworth.com.
As célebres joias da coroa britânica estão avaliadas em cerca de três mil milhões de libras (3,5 milhões de euros) e pertenciam simbolicamente à Rainha, passando agora de forma automática para o seu sucessor.
Carlos III herda também o Ducado de Lancaster, propriedade real desde a Idade Média, que gerou 24 milhões de libras (cerca de 27 milhões de euros) em receitas privadas para o monarca britânico no último ano fiscal.
No entanto, com a subida ao trono, Carlos perde o Ducado de Cornualha, que pertence ao filho mais velho do monarca britânico e que gera cerca de 21 milhões de libras (cerca de 24 milhões de euros) por ano.
Carlos vai receber também uma “subvenção soberana” anual do Tesouro britânico, fixada em 15 por cento do rendimento do património da Coroa e que para 2021-2022 alcançou 86,3 milhões de libras (perto de 100 milhões de euros), embora englobando uma fatia extra de mais de 34 milhões de libras (cerca de 40 milhões de euros) para renovação do Palácio de Buckingham, em Londres.
A subvenção soberana é utilizada para financiar despesas relacionadas com a representação oficial do chefe de Estado ou membros da sua família, incluindo salários do pessoal, manutenção e limpeza dos palácios, viagens oficiais e receções.
Carlos III, e 73 anos, terá seu lado no trono Camila, a sua segunda mulher, com quem casou em 2005.
Camila, de 75 anos de idade, vai ter o título de Rainha Consorte, como pediu Isabel II em fevereiro deste ano durante as celebrações dos 70.º aniversário do seu reinado.
Quando casou com Carlos, Camila abdicou de ser a princesa de Gales, como lhe cabia por direito, mas não quis ficar com o título que tinha sido de Diana, a popular primeira mulher do agora Rei que morreu em 1997.
O título de Rainha Consorte não lhe dá qualquer poder de soberana.
Desde o casamento com Carlos, Camilla tem assumido dezenas de deveres reais e apoia ou preside a mais de 90 instituições de caridade. Tem demonstrado interesse particular por questões relacionadas com a defesa e proteção animal e pelos direitos das mulheres.