O maior partido da oposição angolana, UNITA, voltou a denunciar um “ambiente de opacidade” na divulgação dos resultados pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE). Adalberto Costa Júnior, presidente da força partidária, lembrou que recorreu ao Tribunal Constitucional (TC) para o “apuramento da verdade eleitoral” — mas o órgão judicial “não procedeu às práticas” a que deveria ter recorrido para que tal fosse efetivado.

Em conferência de imprensa, Adalberto Costa Júnior assegurou que a UNITA “mantém a determinação da legitimação dos resultados” em termos nacionais e internacionais, de forma a assegurar o “apuramento da verdade”. A 24 horas da tomada de posse, o responsável partidário acusou o MPLA e o Presidente João Lourenço de exercerem “um poder auto-atribuído com legitimidade questionável”.

A UNITA também tem “constatado com muita preocupação” o facto da “generalidade das cidades haver forças militares e polícias equipados com material bélico pesado. “Ao mesmo tempo, os ativistas cívicos que criticam a tomada de posse ou criticam a ausência de inquérito policial têm “conhecido inquéritos policiais, prisões arbitrárias, agressões e torturas comprovadas”, denunciou Adalberto Costa Júnior, que também fala que houve “membros do partidos ameaçados pelo regime”.

Isso “contraria o ambiente de paz e festa e o pleno exercício de cidadania e liberdade”, expôs o presidente da UNITA, que considera que a “prontidão de combate elevado” deve-se porque João Lourenço “tem medo do povo”. “O regime está a destruir as bases sociais da alternâcia”, concluiu Adalberto Costa Júnior.

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