Os russos “estão a fugir”, dizia no sábado o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, num discurso na conferência de Yalta. A Rússia, porém, contava uma versão diferente para justificar a movimentação de tropas: admitia a retirada de tropas em quase toda a região de Kharkiv, mas alegava que o objetivo era “reagrupar” as suas forças. O que é certo é que, com a saída das forças russas, para trás ficou um rasto de equipamento militar.

Tanques e carrinhas abandonados, destruídos; caixas de munições e de rações militares deixadas para trás. A Ucrânia lançou uma contraofensiva para recuperar os territórios ocupados em Kharkiv e, onde outrora se via o “Z”, símbolo de apoio à invasão russa, vão sendo gravadas as letras “ZSU”, abreviatura das forças armadas ucranianas no alfabeto cirílico.

Ucrânia obteve mais êxitos militares em cinco dias do que a Rússia em cinco meses. Será este o ponto de viragem da guerra?

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Passados mais de seis meses desde o início da guerra na Ucrânia, a 24 de fevereiro, pelos territórios recentemente recuperados, substitui-se as cores russas pelo amarelo e azul da bandeira nacional. Na região de Kharkiv, Balaklia, Izium e Kupiansk estão já nas mãos da Ucrânia e as Forças Armadas continuam a reclamar progressos. Na última atualização, indicavam que detêm controlo de seis mil quilómetros quadrados que tinham estado ocupado pelas forças russas. Pelas redes sociais multiplicam-se imagens e vídeos que demonstram os ganhos