R.Kelly, de 55 anos, foi, esta quarta-feira, considerado culpado de seis acusações relacionadas com produção de pornografia infantil e atividade sexual ilegal com uma menor de idade, após 11 horas de deliberação no tribunal de Chicago ao longo de dois dias. No entanto, o júri absolveu o artista de uma quarta acusação de pornografia, bem como uma acusação de conspiração para obstruir a justiça, acusando-o de consertar o seu julgamento de pornografia infantil em 2008.
R. Kelly foi considerado inocente em todas as três acusações de conspiração para receber pornografia infantil e por duas incriminações de aliciamento. Os seus corréus, Derrel McDavid e Milton Brown, foram considerados inocentes de todas as acusações.
No julgamento, os procuradores tentaram retratar o cantor como um mestre manipulador que usou a sua fama e riqueza para atrair fãs, incluindo alguns menores de idade, abusando sexualmente deles e depois descartá-los.
Nascido Robert Sylvester Kelly, o artista estava desesperado para recuperar os vídeos pornográficos infantis que produzia e guardava numa mochila de ginástica, disseram testemunhas. Além disso, indicaram que R. Kelly ofereceu até um milhão de dólares (cerca de um milhão de euros) para recuperar vídeos perdidos antes do seu julgamento de 2008, sabendo que o colocariam em perigo. A conspiração para esconder os seus abusos ocorreu entre 2000 e 2020, atentaram os procuradores.
Em junho, R. Kelly foi condenado a 30 anos de prisão por crime organizado, coerção e transporte de mulheres e raparigas menores para envolvimento em atividades sexuais ilegais, nos EUA, durante as últimas duas décadas.