Giorgia Meloni, a presidente dos Irmãos de Itália, discursou esta madrugada após a divulgação das primeiras projeções que dão a vitória ao seu partido. “Os resultados não são definitivos”, começou por dizer, declarando depois que “os italianos deram uma indicação”: “Querem um governo de centro-direita governado pelos Irmãos de Itália” — a coligação que lidera seguiu com cerca de 43% no momento em que Meloni reagia aos resultados.

Mandado uma farpa ao ex-primeiro-ministro Mario Draghi, a líder partidária vincou que “chegou o tempo para que os italianos tenham novamente um governo que foi escolhido nas urnas”. Além disso, Giorgia Meloni descreveu também que a “campanha eleitoral não foi bonita”. “Foi violenta, agressiva”, classificou, atirando as “responsabilidade” para os seus adversários.

Sobre o seu futuro mandato, a líder dos Irmãos de Itália considera que a União Europeia “enfrenta uma situação particularmente complexa”, assim como Itália. Contudo, Giorgia Meloni garantiu que vai tentar “contribuir para um clima sereno” e para o “confronto dentro do sistema democrático”.

“O Irmãos de Itália é agora o maior partido. Significa tanta coisa para nós. Tenho orgulho. E a partir desta noite, seremos um ponto de pertença. Devemos demonstrar o nosso valor. Temos a responsabilidade de fazer parte da História”, afirmou Giorgia Meloni.

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A principal bandeira dos Irmãos de Itália será fazer com que os cidadãos “acreditem novamente nas instituições”. “É o nosso principal objetivo”, reconheceu, destacando que “não trairá” os “milhões de pessoas” que confiaram no partido.

“Faremos e queremos que todos fiquem novamente orgulhosos de serem italianos”, assegurou aquela que deverá ser a próxima primeira-ministra italiana, prometendo ao mesmo tempo que “honrará a bandeira tricolor”. Agora, o partido será “chamado a governar” e Giorgia Meloni aproveitou para agradecer aos companheiros de coligação, Silvio Berlusconi e Matteo Salvini, assim como à família e ao staff que a acompanhou.

No final do discurso, Giorgia Meloni fez questão de citar São Francisco de Assis: “Começa por fazer o que é necessário, depois o que é possível e de repente estarás a fazer o impossível”.