O presidente da Câmara de Lisboa vai ter “o lugar à mesa” que pretendia, na discussão do novo aeroporto de Lisboa. No final da semana passada viu pela televisão o acordo firmado entre Governo e PSD sobre os estudos que serão feitos para determinar a localização do novo aeroporto, mas entretanto falou com o primeiro-ministro e já tem a garantia de António Costa que será ouvido na discussão. Por agora, vai pedindo que a nova infraestrutura fique perto da cidade que lidera.

Carlos Moedas foi claro no pedido, durante a intervenção que fez na Cimeira do Turismo Português que se realiza esta terça-feira. À cabeça desta discussão que tem como prazo o final de 2023, Moedas avisou que é preciso que não se perca mais tempo e que a decisão surja mesmo no próximo ano: “Façam-se os estudos necessários, mas não podemos perder mais tempo”. E sublinhou que “o aeroporto de Lisboa é o Aeroporto Internacional de Lisboa” e por isso “tem de estar em proximidade com Lisboa e os lisboetas”.

Não estou a medir quilómetros, estou a medir proximidade e essa proximidade é extremamente importante para o turismo em Lisboa”

Essa proximidade da localização é também “extremamente importante” para os empresários, referiu o autarca, numa altura em que não são ainda conhecidas as localização que serão estudadas durante o próximo ano, mas já se conhecem algumas vontades — nomeadamente uma hipótese nova (e mais distante) colocada precisamente pelo primeiro-ministro, Santarém.

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Parte das hipóteses de localização será apontada pelo PSD (que já indicou Montijo e Alcochete) e pelo Governo (que até agora só falou em Santarém) e outra parte será ainda colocada em cima da mesa pela própria comissão técnica que vai ser constituída para avaliar a localização do novo aeroporto de Lisboa.

Onde vai ser o novo aeroporto? Quem vai avaliar a obra? E quando começa? Costa e Montenegro têm acordo, mas há mais dúvidas que respostas

O presidente da Câmara — que tinha admitido aparecer mesmo que não fosse convidado para a tomada desta decisão — revelou ainda na sua intervenção que já sabe que terá “esse lugar à mesa” e que “decidir em conjunto é importante para Lisboa”. Prometeu ainda “lutar por isso”, embora prometa a António Costa que fará “parte da solução”. Por agora vai garantindo estar “feliz” por Governo e PSD terem chegado a acordo.

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