A Vodafone Portugal anunciou esta sexta-feira que celebrou um acordo para a compra da operadora Nowo. A transação encontra-se sujeita a aprovação regulatória, com a Vodafone a esperar que “possa estar concluída durante o primeiro semestre de 2023”.

Em comunicado, a Vodafone, que não divulgou o valor envolvido na aquisição, explicou que “celebrou com a Llorca JVCO Limited, acionista da Másmóvil Ibercom, S.A. (‘Másmóvil’), um acordo para a compra da empresa Cabonitel S.A., detentora da Nowo Communications (‘Nowo’)”. O acordo terá de ser aprovado pela Autoridade da Concorrência (AdC)— que pedirá um parecer não vinculativo à Anacom.

Para o CEO da Vodafone Portugal, “a aquisição da Nowo irá permitir à Vodafone aumentar a sua base de clientes, bem como a sua cobertura de rede fixa. A futura modernização da rede adquirida para a nova geração de fibra ótica irá beneficiar os atuais e futuros utilizadores, ao garantir a qualidade e a resiliência acrescida desta infraestrutura”.

Com 30 anos de atividade comercial no mercado português, esta operação é mais uma demonstração do compromisso da Vodafone, e do seu acionista, com o país, e do empenho no desenvolvimento de uma sociedade e de um tecido empresarial cada vez mais digitais em Portugal”, salientou Mário Vaz.

A empresa detalhou que a aquisição da operação da Nowo reforça a competitividade no mercado com benefícios para os atuais e para os futuros clientes, bem como para o setor. “Cria ainda as condições para investimentos mais eficientes em redes de conectividade de elevado débito, bem como no desenvolvimento de produtos e serviços inovadores”, lê-se na nota divulgada esta sexta-feira.

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A Vodafone descreveu a Nowo, em comunicado, como o quarto maior operador convergente em Portugal, com cerca de 250 mil subscritores do serviço móvel e 140 mil clientes do acesso fixo (Pay TV e banda larga) em aproximadamente um milhão de casas cobertas com a sua infraestrutura de comunicações.

A celebração de um acordo para compra da Nowo surge depois de, em junho, o espanhol Cinco Días ter dado conta de que a MásMóvil estava a repensar a sua presença em Portugal, menos de três anos depois de ter adquirido a empresa de telecomunicações.

Nessa altura, o mesmo jornal avançava que existiam três interessados — Macquarie, Digital Bridge e Asterion — na operação da Nowo em Portugal. O Cinco Días já falava também na hipótese de um acordo com a Vodafone (o que se veio a confirmar esta sexta-feira) ou ainda com a Nos.

Recorde-se que a Altice vendeu, em 2015, a Nowo (antiga Cabovisão) e a Oni à Aprax França para conseguir concluir a compra da Meo (a antiga PT). Depois, as duas operadoras passaram para as mãos dos fundos da norte-americana KKR. Foi em 2019 que a Másmóvil entrou no mercado português, com a aquisição, em conjunto com a GAEA, da Cabonitel — dona da Nowo e da Oni — aos fundos da KKR.

Altice pode comprar PT se vender Cabovisão e Oni