O Brasil registou uma deflação de 0,29% em setembro influenciada pelos preços dos combustíveis, registando o terceiro recuo consecutivo, divulgou esta terça-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
No ano, a inflação no país sul-americano acumula 4,09% e, nos últimos 12 meses, de 7,17%, abaixo dos 8,73% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.
Em setembro de 2021, a variação dos preços no Brasil havia sido de 1,16%.
Desde julho, a desaceleração deve-se à queda nos preços dos combustíveis e principalmente da gasolina, que caiu 8,33% em setembro devido à redução de impostos federais aprovada pelo Governo do Presidente Jair Bolsonaro, que procura a reeleição.
Dos nove grupos de produtos e serviços analisados pelo IBGE, três registaram queda em setembro: transportes (-1,98%), comunicações (-2,08%) e alimentos e bebidas (-0,51%).
O Brasil fechou 2021 com uma inflação de 10,06%, a maior taxa acumulada desde 2015, quando o índice foi de 10,67%.
Para este ano, o Banco Central do país estabeleceu uma meta de inflação de 3,50% com margem de tolerância de 1,5 pontos percentuais, embora já tenha admitido que não será cumprida.
De acordo com as estimativas dos economistas do mercado financeiro divulgadas pelo Banco Central, o país fechará com uma taxa de inflação de 5,71%, abaixo dos 6,40% previstos há quatro semanas, enquanto para 2023 prevê uma inflação de 5%.