Portugal registou, entre 4 e 10 de outubro, 6.760 infeções pelo coronavírus SARS-CoV-2, 36 mortes associadas à Covid-19 e um ligeiro aumento dos internamentos, indicou esta sexta-feira a Direção-Geral da Saúde (DGS).
Segundo o boletim epidemiológico semanal da DGS, em relação à semana anterior, registaram-se menos 8.017 casos de infeção, verificando-se ainda menos nove mortes na comparação entre os dois períodos.
Quanto à ocupação hospitalar em Portugal continental por Covid-19, a DGS passou a divulgar às sextas-feiras os dados dos internamentos referentes à segunda-feira anterior à publicação do relatório.
Com base nesse critério, o boletim indica que, na última segunda-feira, estavam internadas 420 pessoas, mais 25 do que no mesmo dia da semana anterior, com 28 doentes em unidades de cuidados intensivos, mais oito.
De acordo com o boletim da DGS, a incidência a sete dias estava, na segunda-feira, nos 66 casos por 100 mil habitantes, tendo registado uma redução de 54% em relação à semana anterior, e o índice de transmissibilidade (Rt) do coronavírus baixou para os 0,65.
Em 29 de setembro, o Governo decidiu não renovar a situação de alerta, tendo cessado a vigência de diversas leis, decretos-leis e resoluções aprovadas no âmbito da pandemia, alterações que “irão influenciar a vigilância de base populacional e consequente interpretação dos indicadores”, adiantaram a DGS e o Instituto Ricardo Jorge (INSA).
Na prática, além do isolamento deixar de ser obrigatório, os testes à Covid-19 deixaram de ser prescritos através do SNS24 e passaram a ser comparticipados mediante prescrição médica, à semelhança de outras análises e meios complementares de diagnóstico.
Por regiões, Lisboa e Vale do Tejo registou 2.301 casos entre 4 e 10 de outubro, menos 3.178 do que no período anterior, e 16 óbitos, menos um.
A região Centro contabilizou 1.065 casos (menos 1.405) e seis mortes (menos quatro) e o Norte totalizou 1.825 casos de infeção (menos 2.509) e oito mortes (menos uma).
No Alentejo foram registados 342 casos positivos (menos 318) e um óbito (menos um) e no Algarve verificaram-se 444 infeções pelo SARS-CoV-2 (menos 490) e duas mortes (menos três).
Quanto às regiões autónomas, os Açores tiveram 200 novos contágios nos últimos sete dias (menos 24) e uma morte (mais uma), enquanto a Madeira registou 583 casos nesse período (menos 93) e dois óbitos, o mesmo número da semana anterior, de acordo com os dados da DGS.
Segundo o relatório, a faixa etária entre os 60 e os 69 anos foi a que apresentou maior número de casos a sete dias (1.274), seguindo-se a das pessoas entre os 70 e os 79 anos (1.271), enquanto as crianças até aos 9 anos foram o grupo com menos infeções nesta semana (188).
Dos internamentos totais, 157 foram de idosos com mais de 80 anos, seguindo-se a faixa etária dos 70 aos 79 anos (108) e dos 60 aos 69 anos (56).
A DGS contabilizou ainda nove internamentos no grupo etário das crianças até aos 9 anos, três dos 10 aos 19 anos, 10 dos 20 aos 29 anos, 16 dos 30 aos 39 anos, 14 dos 40 aos 49 anos e 27 dos 50 aos 59 anos.
O boletim refere também que, nestes sete dias, morreram 29 idosos com mais de 80 anos, quatro pessoas entre os 70 e 79 anos e três entre os 60 e 69 anos.
Os dados indicam ainda que mais de 55% dos idosos com mais de 80 anos já receberam a vacinação sazonal contra a Covid-19 e a gripe, valor que baixa no grupo entre os 65 e 79 anos para cerca de 20%.
Os internamentos e a mortalidade por Covid-19 estão estáveis em Portugal, indica o relatório sobre a pandemia, que admite ser necessário mais tempo para avaliar a transmissão do vírus, devido às recentes alterações nas regras da testagem.
“O número de internamentos por Covid-19 e a mortalidade específica apresentam uma estabilização” no país, refere o documento da Direção-Geral da Saúde (DGS) e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) esta sexta-feira divulgado.
O relatório adianta que o número de novas infeções por 100 mil habitantes, acumulado nos últimos sete dias, foi de 66 casos a nível nacional e o índice de transmissibilidade do SARS-CoV-2 está agora nos 0,65 a nível nacional, tendo baixado significativamente em todas as regiões de Portugal continental.
No entanto, estas variações podem não indicar um decréscimo do número de casos, dada a alteração legislativa da última semana que implicou uma redução da testagem. Será necessário um período de tempo mais longo para avaliar a evolução do Rt”, reconhecem a DGS e o INSA.
Em 29 de setembro, o Governo decidiu não renovar a situação de alerta, tendo cessado a vigência de diversas leis, decretos-leis e resoluções aprovadas no âmbito da pandemia, alterações que “irão influenciar a vigilância de base populacional e consequente interpretação dos indicadores”, adiantaram a DGS e o Instituto Ricardo Jorge (INSA).
Na prática, além do isolamento deixar de ser obrigatório, os testes à Covid-19 deixaram de ser prescritos através do SNS24 e passaram a ser comparticipados mediante prescrição médica, à semelhança de outras análises e meios complementares de diagnóstico.
De acordo com os dados desta sexta-feira, verificou-se uma nova redução do número de testes efetuados, que passaram de 88.527 para 72.133, “devido à alteração legislativa da última semana”.
O documenta salienta também que se regista “uma estabilização da ocupação hospitalar” por casos de Covid-19, com 420 internados na última segunda-feira nos hospitais de Portugal continental.
Quanto aos cuidados intensivos, os 28 doentes nessas unidades correspondiam a 10,9% do limiar definido como crítico de 255 camas ocupadas, quando na semana anterior este indicador estava nos 7,8%.
Na segunda-feira, a mortalidade específica estava nos 7,9 óbitos a 14 dias por um milhão habitantes, indicando uma estabilização, valor que é inferior ao limiar de 20 óbitos definido pelo Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC).
O INSA e a DGS adiantam ainda que a linhagem BA.5 da variante Ómicron “continua a ser claramente dominante em Portugal”, sendo responsável por 92% dos contágios, mas avançam que as sublinhagens BA.4.6 e BF.7 registam uma “frequência relativa tendencialmente crescente em Portugal e uma considerável circulação em alguns países”.
*atualizado às 22h 00