Não era habitual acontecer, tornou-se algo quase comum de acontecer. Com o passar dos anos e toda uma longevidade na carreira, José Mourinho vai começando a encontrar no lado contrário nomes que também fizeram o caminho de sucesso do técnico português como jogadores e a deslocação da Roma a Génova era o cenário para mais um desses reencontros, tendo agora pela frente o antigo médio do Inter Dejan Stankovic. E foi com esse contexto que Marco Branca, antigo executivo dos nerazzurri, falou ao Il Secolo XIX sobre o jogo de fecho da décima ronda da Serie A, que poderia deixar os romanos em lugar de Champions.
“O José [Mourinho] foi um treinador vencedor na sua passagem pelo Inter, o Dejan [Stankovic] funcionou como um dos nossos principais pilares durante vários anos. Estou feliz por ver que estão agora a discutir um jogo um contra o outro e estou feliz por ver o Dejan continuar a sua carreira como treinador fazendo a escolha de voltar à Serie A pela Sampdoria. Em três anos no Estrela Vermelha, em Belgrado, provou que é um bom técnico, qualificou-se por duas vezes para a Liga Europa e ficou perto da Liga dos Campeões. Já o José… Acredito que, mais tarde ou mais cedo, vai ser campeão pela Roma”, comentou Branca.
“Falei com Mou, ligou-me numa videochamada antes de chegar a Génova. Tenho muito respeito pelo treinador e pela pessoa. Não posso acrescentar mais nada sobre um técnico que tem 1.000 jogos nas costas, enquanto na segunda faço apenas a minha estreia em Marassi. Fiz um percurso maravilhoso com ele, todos os treinadores me deram alguma coisa. Ganhámos muito mas, no futebol e na vida, tem que haver objetivos. Se no Estrela Vermelha foi lutar pelo título, aqui visamos a salvação, mas é a mesma coisa. Quero ganhar e dedicar a vitória ao Sinisa Mihajlovic. Sempre foi a minha referência na vida, chamo-o de pai de vez em quando e ele fica com raiva. Mas pela sua forma de não desistir, de encarar o dia a dia com força, ele ensinou-me muito, mesmo pensando o que ele está a passar. Eu quero para ele um mundo de coisas boas, é como se tivéssemos o mesmo sangue”, destacara também Stankovic na antecâmara do jogo.
“Questa Roma non molla di un centimetro e lotta su ogni pallone fino al 98’. Spero che loro siano fieri di noi”
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A Sampdoria necessitava de pontos para fugir à última posição da Serie A, a Roma procurar somar mais pontos depois de novo empate na Liga Europa diante do Betis. Tão ou mais importante, tentava superar outra baixa importante por lesão, neste caso de Paulo Dybala (que contraiu um problema muscular no penálti que fez o decisivo 2-1 contra o Lecce). “Numa equipa como a nossa, as lesões podem aparecer… Temos pena pelo Dybala mas estamos confiantes na resposta que os outros jogadores podem dar. O José Mourinho vai procurar outras soluções, o Belotti e o Abraham jogaram bem em conjunto na segunda parte do jogo com o Betis. Paragem do Dybala? Ele está a ir bem e muito motivado. Vamos ver como corre a sua recuperação mas está confiante”, contou Tiago Pinto, diretor geral da Roma, à DAZN.
“È una vittoria importantissima e meritata” ????
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O jogo não foi brilhante mas os romanos fizeram mais do que suficiente para somarem o terceiro triunfo consecutivo no Campeonato, com uma grande penalidade do capitão Pellegrini a fazer toda a diferença (9′) numa partida em que o conjunto de José Mourinho criou algumas oportunidades para fechar o encontro mais cedo mas não viu Rui Patrício fazer sequer uma defesa apertada ao longo da partida. Assim, e de forma natural, os visitantes alcançaram mais três pontos. E, mesmo continuando a refrear ânimos sobre os objetivos para esta época, subiu ao quarto lugar de acesso à Champions com 22 pontos, a um do AC Milan, a dois da Atalanta e a quatro da liderança antes da receção ao primeiro classificado Nápoles.
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