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O ex-deputado Roberto Jefferson, aliado do Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, que no domingo lançou uma granada e disparou sobre um grupo de polícias quando se preparava para o deter, entregou-se às autoridades algumas horas depois.

Jefferson encontrava-se em prisão domiciliária com pulseira eletrónica por incitação ao crime e ataque a instituições. A Polícia Federal dirigiu-se a sua casa este domingo de manhã para o deter por incumprimento das regras impostas pelo tribunal, como não dar entrevistas ou não receber visitas. O ex-deputado recebeu os agentes com 20 tiros de espingarda e o lançamento de uma granada e, segundo a Folha de São Paulo, os disparos começaram aconteceram assim que o carro chegou ao local. Dois polícias ficaram feridos na sequência do tiroteio, receberam assistência médica e tiveram alta.

Roberto Jefferson acabou por se render e foi preso por tentativa de homicídio. Terá sido levado para a superintendência da corporação no Rio de Janeiro, onde chegou já passava das 21h00, depois de sair de sua casa num carro descaracterizado e sob escolta da polícia federa por voltas das 19h00, segundo relata o meio brasileiro.

O Presidente Jair Bolsonaro já reagiu ao que se passou este domingo. “O tratamento dispensado a quem atira em policial é o de bandido”, diz Bolsonaro num vídeo publicado na sua conta de Twitter e deixa a sua “solidariedade aos policiais feridos no episódio”.  Antes já havia feito uma outra publicação onde escreveu: “Repudio as falas do Sr. Roberto Jefferson contra a Ministra Carmen Lúcia e sua ação armada contra agentes da PF, bem como a existência de inquéritos sem nenhum respaldo na Constituição e sem a atuação do MP”.

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Lula da silva também terá reagido para dizer que as ações de Roberto Jefferson não são aceitáveis e representam um risco à democracia do país. “Não é um comportamento adequado, não é um comportamento normal”, afirmou o candidato do PT, em São Paulo depois de um encontro com influencers, citado pela Folha. Acrescentou ainda que Bolsonaro “conseguiu criar neste país uma parcela da sociedade brasileira raivosa, com ódio, mentirosa, que espalha fake news o dia inteiro”.

A detenção deste domingo foi ordenada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) e também incluiu buscas e apreensão na casa do ex-deputado.

Segundo a lei eleitoral, ninguém pode ser preso nos cinco dias que antecedem as eleições, a não ser que seja em flagrante.

Jefferson está preso desde agosto de 2021, depois de ter publicado online vídeos em que exibia armas de alto calibre e ameaçava membros do STF. Decidiu concorrer às atuais eleições à presidência da república, mas o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do Brasil vetou a sua candidatura.

Brasil. Justiça brasileira nega candidatura presidencial de ex-deputado preso