Os militares portugueses destacados na República Centro-Africana no âmbito da missão da Organização das Nações Unidas (ONU) naquele país entregaram 470 conjuntos de roupa a crianças, bem como livros e brinquedos, anunciou esta segunda-feira o Estado-Maior.

Numa nota enviada à imprensa, o Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA) adianta que “a 11ª Força Nacional Destacada na Missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas para a Estabilização da República Centro-Africana (MINUSCA) organizou, recentemente, uma atividade de CIMIC (Cooperação Civil-militar) na Escola GALABADJA, no 8.º Distrito da Capital da República Centro-Africana, Bangui”.

Durante esta atividade foram entregues 470 conjuntos de roupa, livros e brinquedos didáticos. Os conjuntos de roupa foram generosamente entregues à força portuguesa pela ‘Dress a Girl’ Portugal, uma Organização Não Governamental criada em 2016, com a missão de fazer vestidos para doar a meninas de países carenciados, com o intuito de promover a dignidade, proteção e esperança”, lê-se na nota.

De acordo com o EMGFA, esta operação “teve como objetivo a melhoria das condições das crianças desta escola, promovendo a autoestima e orgulho humano, transmitir confiança e ânimo e reiterar o apoio da Força de Reação Rápida Portuguesa à população da República Centro-Africana”.

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Estiveram presentes na ação o coordenador nacional da Organização Não-Governamental (ONG) “KODE TI KWA” e representante nacional das ONG Centro-africanas, Sr. Blaise Hubert Zaka, os dois diretores da escola, o presidente da associação de pais e o representante da Componente Militar da MINUSCA para as ações CIMIC, é acrescentado no comunicado.

De acordo com o site oficial do EMGFA, atualmente na República Centro-Africana, no âmbito da missão da ONU, estão empenhados 204 militares e 45 meios.

Esta missão tem como objetivo “apoiar a comunidade internacional na reforma do setor de segurança do Estado, contribuindo para a segurança e estabilização do país”.

A RCA caiu no caos e na violência em 2013, depois do derrube do ex-Presidente François Bozizé por grupos armados juntos na Séléka, o que suscitou a oposição de outras milícias, agrupadas sob a designação anti-Balaka.

Desde então, o território centro-africano tem sido palco de confrontos comunitários entre estes grupos, que obrigaram quase um quarto dos 4,7 milhões de habitantes da RCA a abandonarem as suas casas.