A Associação Automóvel de Portugal (ACAP) lançou uma campanha que visa dissipar dúvidas em relação à validade e ao tempo de “vida” dos pneus, elemento determinante para a segurança rodoviária e que, como tal, deve ser alvo de uma compra esclarecida. E o esclarecimento que a ACAP considera ser prioritário é que, ao contrário de outros produtos, os pneus não têm prazo de validade. Portanto, na hora de adquirir um pneumático, não interessa saber quando é esse pneu foi produzido, começa por defender a associação. Mas acaba por não ser bem assim…
Os pneus não têm data de validade. Desde que sejam devidamente armazenados e acondicionados, as suas características originais não se alteram, não havendo uma data-limite para a sua montagem, pelo que a data da sua produção não deverá constituir critério para a sua rejeição, no momento da decisão de compra”, informa a ACAP.
No entanto, segundo a mesma associação, um pneu montado num veículo que atinja uma década após a data do seu fabrico, deve ser substituído, mesmo que não apresente quaisquer sinais de desgaste ou deterioração. “Decorridos cinco anos após a sua montagem, o pneu deverá ser anualmente inspeccionado por um especialista e após 10 anos da data de fabrico, considera-se que deverá ser substituído, independentemente do seu estado”, recomenda a ACAP. Assim sendo, os pneus acabam por ter uma validade associada, pelo que convém olhar para a data de produção, pese embora o relógio só entre em contagem decrescente, quanto ao tempo de vida do pneu, a partir do momento em que este é montado no veículo.
A semana e o ano em que o pneumático da sua viatura foi fabricado são uma das informações que obrigatoriamente está registada no flanco do pneu. Procure a inscrição “DOT” e, a partir daí, considere a informação aos pares, da esquerda para a direita. O primeiro par diz respeito ao código da medida e o segundo ao código da fábrica. As quatro letras que se seguem correspondem à especificação da homologação, sendo que a informação que procura está imediatamente a seguir. Os dois primeiros algarismos identificam a semana em que o pneu foi produzido e os dois últimos dígitos são referentes ao ano de fabrico.
Por fim, importa recordar que independentemente do tempo de vida dos pneus, convém estar atento a uma série de sinais para não comprometer a sua segurança e a dos outros, designadamente rasgões na borracha ou bolhas com deformação do pneumático. O aspecto ressequido da borracha também aconselha à troca e, claro, assegure-se de que o piso tem, pelo menos, 1,6 milímetros – o limite mínimo estabelecido por lei. Para fazer essa medição, pode usar uma moeda e ter sempre presente que não se deve poupar uns trocos com os pneus, sendo eles o elemento de ligação ao solo.