A Associação de Futebol de Portalegre (AFP) anunciou esta terça-feira que o Villa Athletic Club desistiu de participar no campeonato distrital de seniores e de todas as outras competições em que tinha equipas inscritas.

Num comunicado publicado na página de internet da AFP, é ainda explicado que além do campeonato distrital de seniores, o clube abandona os campeonatos de juniores e benjamins, além das provas de futebol de 7.

Fundado no dia 14 de junho de 2022, com sede em Ponte de Sor, o Villa Athletic Club foi inscrito nas competições da Associação de Futebol de Portalegre (AFP), mas faltou ao jogo da primeira jornada da Taça da AFP e, na segunda ronda, em Elvas, apresentou-se com 12 jogadores, sem equipa técnica e com equipamento emprestado pelo Grupo Desportivo Samora Correia.

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O presidente do Villa, Fábio Lopes, disse no dia 19 deste mês que a criação deste clube não teve como objetivo ser um negócio, mas que “o negócio do futebol” o destruiu, depois de já ter admitido que o emblema atravessa “dias muito difíceis”, por dificuldades financeiras, e que procura “soluções de viabilização” do projeto.

“Nunca foi um negócio. Mas foi o negócio do futebol que o destruiu”, disse Fábio Lopes, conhecido radialista, através da rede social Instagram, sublinhando que “o sonho virou pesadelo”.

Na sequência deste caso, a Câmara Municipal de Ponte de Sor anunciou no dia 18 deste mês, através de comunicado, que revogou a cedência das instalações do seu Estádio Municipal e recinto multiusos ao Villa Athletic Club, para os jogos de futebol da época 2022/2023.

O presidente da Associação de Futebol de Portalegre (AFP), Daniel Pina, afirmava também na quarta-feira que o Villa reunia as condições legais para disputar as provas em que continua inserido, não sendo possível àquele organismo rejeitar a sua inscrição.

O responsável vincou que a AFP “não se pronuncia” sobre questões internas dos clubes seus filiados e, em particular, sobre os problemas de organização no Villa Athletic Club, deixando no entanto uma “palavra de conforto e solidariedade” aos jogadores.

No mesmo dia, o Sindicato dos Jogadores de futebol criticou a situação do Villa Athletic, que terá deixado os jogadores em situação precária.

De acordo com informação vinda a público, o projeto, criado por Fábio Lopes, juntamente com pessoas ligadas à música, levou à contratação, entre outros, de alguns nomes bem conhecidos do futebol, como o ex-jogador Meyong, para treinador da equipa, e os veteranos Edinho e André Carvalhas.