Pelo menos 130 pessoas morreram e 33 continuam desaparecidas devido a aluimentos de terra e inundações causadas por fortes chuvas no sul das Filipinas, devido à passagem da tempestade tropical Nalgae, disseram esta terça-feira as autoridades.
O balanço oficial anterior da agência de gestão de desastres das Filipinas apontava para 110 mortos.
A zona mais afetada foi a região autónoma de Bangsamoro, no sudoeste do país, onde já foram confirmadas 79 mortes, com pelo menos mais 31 pessoas ainda desaparecidas, indicou o relatório do Conselho para a Redução e Gestão do Risco de Catástrofes das Filipinas.
A tempestade tropical atingiu o sul das Filipinas no sábado, embora as fortes chuvas tivessem começado na quinta-feira à noite.
Além disso, 101 pessoas ficaram feridas, devido aos efeitos da tempestade, que causou danos a infraestruturas estimados em 757 milhões de pesos (13 milhões de euros).
A tempestade afetou um total de 2,4 milhões de pessoas, ou cerca de 741 mil famílias, sendo que mais de 865 mil pessoas tiveram de abandonar as suas casas, com 347 mil a serem realojadas em centros de acolhimento estabelecidos pelas autoridades.
O presidente, Ferdinand Marcos Júnior, sobrevoou esta terça-feira algumas das áreas inundadas e pediu o reforço das iniciativas de controlo para se preparar para futuras emergências, num contexto marcado pelas alterações climáticas.
Neste propósito, assinalou que a maioria das áreas montanhosas sofreu desflorestação, o que contribuiu indiretamente para deslizamentos e inundações.
“Temos que incluir a plantação de árvores nas nossas medidas de controlo”, disse.
Depois de ganhar força no mar do Sul da China e tornar-se um tufão, o Nalgae está de momento a aproximar-se da costa meridional chinesa.
As regiões administrativas especiais chinesas de Macau e Hong Kong já emitiram o sinal 3 de alerta de tempestade tropical.
Concluída a passagem da Nalgae, as Filipinas preparam-se para receber outra tempestade, que chegará pela costa leste e que provocará mais chuva, embora os meteorologistas prevejam que este segundo fenómeno meteorológico, batizado de “Banyan”, chegue já sob a forma de uma depressão tropical.
O arquipélago está anualmente exposto a uma média de 20 ciclones tropicais.
Em média, 20 tufões e tempestades atingem as Filipinas todos os anos. No final de setembro, o tufão Noru matou pelo menos dez pessoas no país, incluindo cinco membros das equipas de resgate.
A tempestade tropical Megi, que atingiu o país em abril, matou pelo menos 148 pessoas. Em 2013, o tufão Haiyan causou a morte ou o desaparecimento de mais de 7.300 pessoas.
*Notícia atualizada às 16 h 07 com novas informações sobre o número de mortos.