Thomas Schäfer, o actual CEO da Volkswagen, ele que até aqui era responsável pela Skoda, é um fã do LinkedIn e é através desta rede social que comunica com os seus seguidores e os da marca que dirige. Foi através deste canal que o gestor começou por anunciar que, a partir de 2033, apenas produzirá e comercializará veículos eléctricos, “matando” de vez os motores a combustão, dois anos antes do prazo tornado obrigatório por Bruxelas e que abrange igualmente as mecânicas híbridas, híbridas plug-in e eventuais motores de combustão alimentados por combustíveis alternativos. Mas as novidades não ficaram por aqui.

Talvez ainda mais importante do que a data para o “enterro” dos motores a gasolina e a gasóleo, por parte da maior marca europeia, é o facto de o CEO da VW ter reafirmado o compromisso de lançar no mercado, até 2026, “dois veículos eléctricos pequenos por menos de 25.000€”, fazendo estas propostas parte dos 10 novos eléctricos a lançar no mercado europeu nos próximos quatro anos. E esta é uma necessidade absoluta, sobretudo para democratizar os veículos eléctricos, tornando-os acessíveis a bolsas com menos posses, com Schäfer a fazer saber que a VW produzirá “uma berlina e um pequeno SUV” nesta gama de preços.

Já aqui avançámos que a VW concebeu a plataforma MEB com a possibilidade de desenvolver uma MEB0, mais curta, mais estreita e concebida para montar o motor principal à frente, sem que isso a impeça de oferecer versões 4×4 com um motor por eixo. Na realidade, o que o mercado espera da marca alemã é um mini ID. 3, com as dimensões exteriores do Polo, provavelmente denominado ID. 1, mas com mais espaço interior por ter uma frente mais curta.

O segundo EV por menos de 25.000€ será uma versão crossover deste ID. 1, ligeiramente mais volumoso, para apelar aos condutores que preferem os SUV, mas não tanto que possa prejudicar a aerodinâmica e, com ela, a autonomia. O equivalente na gama actual a este “provável” ID. 2 é o VW T-Cross.

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Mas a VW tem mais novidades na manga, uma vez que está ainda a considerar lançar um ID. 3 SUV. Será delicado introduzir mais uma versão, que seja mais volumosa do que o ID. 3 mas menos do que o ID. 4 e o ID. 5, um problema que certamente os criativos do construtor resolverão, possivelmente criando um crossover, uma espécie de VW T-Roc, que é um sucesso e que ainda assim não colide com as vendas dos VW Golf nem do Tiguan, os modelos correspondentes em bitola e com os quais partilha a plataforma.

A última novidade da VW não era de todo a menos importante. Depois de iniciar as entregas do ID. Buzz, a versão moderna e eléctrica do histórico Pão de Forma, a marca alemã veio a público congratular-se com o facto de ter em carteira mais de 20.000 encomendas para o popular furgão, que é proposto em versão de passageiros e comercial. Este é um bom valor, apesar de não chegar às 144.000 encomendas que a marca acumulou para o ID. 3, mas convenhamos que é um modelo mais dificil de massificar e substancialmente mais caro. De recordar que a VW chegou a anunciar ter como objectivo produzir 15.000 unidades do ID. Buzz em 2022, para depois elevar a fasquia para 130.000 unidades em 2023.