A notícia caiu como uma bomba ao final da tarde desta quinta-feira: sem que ninguém estivesse à espera, Gerard Piqué anunciou que vai colocar um ponto final na carreira. Através de um emotivo vídeo partilhado nas redes sociais, o central do Barcelona revelou que o último jogo será já no próximo sábado, em Camp Nou e contra o Almería.

“A vocês, culés, que me deram tudo, e agora que os sonhos desta criança se cumpriram, quero dizer-vos que é o momento de encerrar este ciclo. Sempre disse que, depois do Barça, não existiria outra equipa. E assim será. Este sábado será o meu último jogo em Camp Nou”, indica Piqué no vídeo de dois minutos onde recorda toda a carreira desportiva.

Aos 35 anos, o central espanhol perdeu muito protagonismo na atual temporada e depois da chegada de reforços com Koundé, Christensen e Marcos Alonso, acumulando apenas 554 minutos e nove jogos disputados entre liga espanhola e Liga dos Campeões. O fim da carreira de Piqué encerra também uma das grandes dúvidas que ainda persistiam no seio da seleção espanhola nas contas para o Mundial, já que grande parte da imprensa espanhola dava como provável a convocatória do jogador por parte de Luis Enrique para o Qatar apesar de este se ter retirado do futebol internacional em 2018.

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No vídeo, Piqué deixa ainda em aberto a possibilidade de continuar no Barcelona a desempenhar outro papel que não o de jogador. “Já me conhecem, vou voltar. Vemo-nos em Camp Nou. Visca Barça”, termina o central. Curiosamente, há pouco mais de um mês, o jornal Marca garantia que o espanhol não colocava a hipótese de terminar a carreira já esta temporada — sendo que, nessa altura, o próprio Xavi garantiu que contava com o defesa.

“Falei com ele mesmo antes de irmos de férias. Fui muito claro, disse-lhe que íamos contratar reforços e que não seria fácil. É um jogador que nos pode ajudar noutro tipo de papel. Vamos ver como vai correr, depende das sensações dele e das minhas. Existe competência da parte de todos e tento escolher os melhores para ganhar os jogos”, explicou o treinador catalão.

Piqué entrou nas camadas jovens do Barcelona em 1997, com apenas 10 anos, mas em 2004 decidiu mudar-se para o Manchester United antes de assinar o primeiro contrato profissional com os catalães. Ficou nos ingleses até 2008, tendo passado ainda uma temporada emprestado ao Zaragoza, regressando à Catalunha já depois dos 20 anos. Aí, ao longo de praticamente 15 anos, ganhou tudo: oito campeonatos, sete Taças do Rei, seis Supertaças espanholas, três Ligas dos Campeões, três Supertaças Europeias e ainda três Mundiais de Clubes.

Piqué queria ser o central mais bem pago e passar Sergio Ramos. Conseguiu. Mas fez algo que caiu mal (as novas revelações do El Mundo)

Ao serviço da seleção espanhola, onde se estabeleceu com um dos pilares do eixo defensivo ao lado de Sergio Ramos, conquistou o Mundial 2010 e o Euro 2012, tendo marcado presença também no Euro 2016 e no Mundial 2018. Em agosto desse ano, logo depois do fim do torneio na Rússia, anunciou a retirada do futebol internacional, não tendo voltado a vestir a camisola de Espanha desde então. Nas últimas semanas, porém, a imprensa espanhola garantiu que poderia voltar a ser convocado por Luis Enrique — algo que, com o surpreendente anúncio desta quinta-feira, fica já fora de questão.