O Governo vai descongelar progressão salarial de enfermeiros e pagar retroativos a janeiro de 2022. O ministro da Saúde diz que vai dar “instruções” para que a valorização salarial seja feita já este ano. A medida vai custar 72 milhões de euros, um “impacto orçamental significativo” que Manuel Pizarro usa para justificar que o Governo não tenha acompanhado as intenções dos sindicatos de aplicar a valorização a partir de 2018.

Quando questionado com as reivindicações feitas por alguns sindicatos, o ministro disse que a ideia é fazer “um esforço seguro” e que esta não será a seguramente a última vez que Governo e sindicatos se sentam à mesa.

O ministro explicou que este descongelamento vai significar que “mais 200 euros a enfermeiros que sobem uma posição na carreira e 400 para os que sobem duas posições”. E o sistema de recuperação de pontos “aplica-se tanto a enfermeiros em funções públicas como com contrato individual de trabalho”, detalhou.

Serão também salvaguardadas “as avaliações de desempenho dos enfermeiros que transitaram em 2019 de forma automática para as categorias de enfermeiro especialista e enfermeiro gestor”, explicou ainda Manuel Pizarro. As medidas agora aprovadas em Conselho de Ministros abrangem “cerca de 20.000 enfermeiros e, para muitos, é a primeira vez que mudaram de posição remuneratória”.

Sobre a negociação que antecedeu esta tomada de decisão, o ministro diz que foi feita de um “diálogo intenso” com “os oito sindicatos representativos dos enfermeiros em três rondas negociais nas últimas semanas”. O resultado, afirmou esta quinta-feira, dá “corpo à recuperação dos pontos perdidos em sede de avaliação de desempenho para efeitos de progressão salarial dos enfermeiros, descongelando a progressão, que estava suspensa desde 2004”.

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