A norte-americana Carly Morris viajou para a Arábia Saudita em 2019 com a filha para que a criança, agora com 8 anos, pudesse conhecer e passar algum tempo com a família do pai.

Quando as duas chegaram ao país, o ex-marido de Carly Morris retirou-lhes os passaportes e garantiu que a filha se tornasse cidadã saudita para conseguir impedi-la de deixar o país, avança esta quarta-feira a CBS.

Carly Morris decidiu partilhar no Twitter que tanto ela como a filha estavam a ser mantidas num hotel na Arábia Saudita contra a sua vontade desde 2019, de acordo com a sua família, citada pelo The Guardian. Na rede social, a norte-americana partilhou um detalhado comunicado, onde alertava outras mulheres e crianças sobre as visitas a esse país.

Depois dessa publicação, no domingo, a mulher de 34 anos foi detida por alegações de que estava a “desestabilizar a ordem pública”, de acordo com um documento oficial, citado pelo The Guardian.

Em entrevista ao jornal britânico, Denise White, mãe de Carly Morris, explicou que a filha lhe disse que tinha sido proibida de viajar e que estava “com medo de que algo acontecesse”. “Ela disse-me que se sentia presa lá”, acrescentou.

Esta terça-feira, as autoridades norte-americanas confirmaram que a sua embaixada em Riad, capital da Arábia Saudita, estava a acompanhar de perto o caso. Um dia depois, a cidadã norte-americana foi libertada, mas ainda não é claro se poderá deixar o país — o The Guardian escreve que continua a estar proibida de viajar.

Após ser libertada, Carly Morris acusou o ex-marido de levar todos os seus pertences do hotel: “Não temos roupas, sapatos. Ele levou tudo”.

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