Pelo menos seis pessoas morreram e 81 ficaram feridas em Istambul depois de uma violenta explosão na rua Istiklal, conhecida zona de comércio perto da praça Taksim, no centro da capital da Turquia. A informação sobre os mortos e feridos foi confirmada no domingo pelo Presidente turco, Recep Tayyip Erdoğan. Esta segunda-feira, o ministro do Interior do país, Soumeylan Soylu, acusou o PKK de ser responsável pelo ataque.
No domingo, Recep Tayyip Erdoğan confirmou que foi uma bomba que esteve na origem da explosão, falando num “ataque vil” em Istambul, e que os responsáveis “devem ser punidos”. Na reação ao ataque, e sem ser taxativo, Erdogan disse, ainda assim, que “cheira a terrorismo”.
A acusação foi desenvolvida já esta segunda-feira pelo ministro do Interior, que atirou as culpas para o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK). “De acordo com as nossas conclusões, a organização terrorista PKK é responsável” pelo atentado, disse Soumeylan Soylu.
Esta segunda-feira, a polícia de Istambul confirmou a detenção de 46 pessoas supostamente relacionadas com o ataque, incluindo uma mulher de nacionalidade síria, Ahlam Albashir, considerada a principal suspeita. Albashir terá dito à polícia que foi treinada por militantes curdos na Síria.
As declarações de Erdogan tinham sido feitas no domingo antes da partida para a cimeira do G20. O Presidente turco especificou que morreram quatro pessoas no local e duas foram declaradas mortas já no hospital, citou a Associated Press.
Já ao final da tarde, citado pela AFP, o vice-presidente turco, Fuat Oktay, avançou que, de acordo com as primeiras informações, o ataque terá sido feito por uma mulher. “Consideramos que se trata de um atentado terrorista devido à explosão de uma bomba detonada por um agressor que será uma mulher, de acordo com as primeiras informações”, disse.
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Na primeira declaração após a explosão, Ali Yerlikaya, governador de Istambul, confirmou a existência de vítimas mortais. “Hoje, por volta das 16h20 [hora local], ocorreu uma explosão na rua Taksim Istiklal, no nosso distrito de Beyoğlu. As nossas equipas de polícia, médicos, bombeiros e AFAD [serviços turcos de emergência e foram enviadas ao local. Há vítimas e feridos”, escreveu o governador na rede social Twitter.
Cinco promotores de justiça foram já designados para investigar a explosão, de acordo com a agência de notícias estatal Anadolu.
Rapidamente chegaram às redes sociais imagens que mostram o momento da explosão e a intervenção das forças de segurança e de emergência médica.
As imagens podem chocar os leitores:
https://twitter.com/Reuters/status/1591825029289103361
????????FLASH | Une explosion a eu lieu sur l’avenue Istiklal d’#Istanbul. Il y aurait de nombreux blessés.
— Cerfia (@CerfiaFR) November 13, 2022
Nas imagens que estão a circular nas redes sociais é visível uma grande nuvem de fumo negro após a explosão.
Cerca de uma hora após a explosão, a RTÜK, a agência estatal que regula a comunicação social na Turquia, impôs uma proibição temporária à transmissão de imagens da explosão em Istambul. A Associated Press recorda que esta não é uma prática invulgar na Turquia: no passado, o Conselho Supremo para a Rádio e Televisão já impôs bloqueios semelhantes na sequência de ataques.
Através do Twitter, o presidente da Câmara de Istambul diz que está em contacto com os bombeiros que estão no local da explosão, que continuam a “trabalhar de forma árdua no local.”
A rua Istiklal, conhecida como um dos principais pontos turísticos de Istambul, já foi atingida no passado por um ataque reivindicado pelo grupo Estado Islâmico, que matou quase 500 pessoas e feriu mais de duas mil pessoas, durante uma campanha de investidas que atingiu Istambul em 2015-2016, recorda a agência Lusa.
https://twitter.com/BreakingNLive_/status/1591789291403112448
https://twitter.com/AmichaiStein1/status/1591787584916803585
Loud blast heard in Istanbul's Istiklal causing panic. pic.twitter.com/ZK6FViRooz
— Ted Regencia تِد (@tedregencia) November 13, 2022