Um terço dos 600 mil computadores pagos no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), o equivalente a 200 mil máquinas, estão ainda encaixotados nas escolas. De acordo com o jornal Público, estes computadores foram adquiridos pelo Estado português ao abrigo do programa Escola Digital.

Em vários casos, avança o jornal, é a recusa das famílias em receber e a responsabilizar-se pelas boas condições do equipamento que está a travar a distribuição. Pedro Dominguinhos, presidente da Comissão Nacional de Acompanhamento (CNA) do PRR, explicou ao diário que algumas famílias estão também a recusar o equipamento porque já têm um computador em casa.

A estratégia deste plano da Escola Digital passou pela entrega de um computador a cada aluno do ensino obrigatório, começando pela atribuição dos equipamentos a alunos mais carenciados e que beneficiam de Ação Social Escolar.

Com os computadores nas escolas, próximas medidas da Escola Digital já estão em curso

Manuel Pereira, o presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares, avançou que há mais outra razão para a recusa dos pais em se responsabilizarem pelo equipamento: a qualidade do computador. “Ao fim de uma hora de uso, começam a aquecer, dilatam e há peças que se soltam, como parafusos”, adiantou Manuel Pereira ao jornal.

Em reação ao tema, o Ministério da Educação disse ao Público que “a qualidade corresponde ao que foi contratado”.

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