Cinco suspeitos foram acusados, na Bulgária, de envolvimento no ataque de 13 de novembro em Istambul, atribuído pelas autoridades turcas a guerrilheiros curdos do PKK e aos seus aliados na Síria, anunciou este sábado a Procuradoria da Justiça búlgara.

“Cinco pessoas foram indiciadas por terem ajudado” a fugir um dos alegados autores do ataque”, disse a porta-voz do Ministério Público de Sófia, Siyka Mileva, acrescentando que o papel dos acusados “foi logístico”.

Segundo a porta-voz, a procuradoria solicitou a detenção de quatro dos cinco acusados que, de acordo com as televisões locais, provêm da Moldávia e de um país árabe, que não foi especificado.

Seis pessoas morreram e outras 81 ficaram feridas numa explosão registada no domingo passado, no coração de Istambul.

O ataque ainda não foi reivindicado, mas a Turquia já deteve 17 pessoas, incluindo uma jovem de 23 anos acusada de ter colocado uma bomba num banco, na Avenida Istiklal, em pleno centro da cidade.

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Detida num apartamento dos subúrbios de Istambul, Alham Albashir, apresentada como sendo de nacionalidade síria, terá entrado ilegalmente na Turquia, e admitiu responsabilidade pelo ataque quando estava sob custódia da polícia, segundo as autoridades.

De acordo com a agência oficial de notícias Anadolu, que citou um relatório policial, a jovem disse que teve o seu primeiro contacto com o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) em 2017, através do seu ex-namorado.

O PKK e o YPG (Unidades de Proteção do Povo), uma milícia curda ativa na Síria e acusada pela Turquia de ser filiada ao PKK, negaram qualquer envolvimento no ataque.