O falso médico que terá feito procedimentos estéticos a figuras públicas foi afastado da RClinic, em Almada, noticiou esta segunda-feira a TVI. “Quando tomou conhecimento de que não existe na Ordem dos Médicos, em qualquer das secções, um pedido de inscrição e legalização como médico”, a clínica decidiu proceder ao “afastamento do Dr. Fernando Brito”.
Em resposta ao canal de Queluz de Baixo, a clínica reconhece tratar-se de uma “situação de enorme gravidade”, que, caso tivesse tido conhecimento, “nunca teria dado cobertura”. “Isso não legitima nem significa que seja verdade que a RClinic soubesse e tivesse conhecimento desse facto”, ressalva o espaço clínico.
Por sua vez, o bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, informou que a “única coisa que a Ordem podia fazer” — sendo, aliás, a “sua obrigação legal” — passava por “apresentar queixa junto do Ministério Público”. À TVI, a Procuradoria-Geral da República (PGR) confirmou a abertura de um inquérito a Fernando Brito.
Além disso, “após ter conhecimento das notícias veiculadas acerca” da RClinic, a Entidade Reguladora da Saúde (ERS) também abriu um “processo” para investigar os “factos relatados”.
A RClinic publicitava Fernando Brito como cirurgião plástico, mas este nunca tirou um curso em Medicina, sendo licenciado em Informática de gestão pela Universidade Moderna de Lisboa. O falso especialista tem um curso em medicina internacional chinesa, em acupuntura estética e tem um master em medicina estética realizado online por um instituto de nome Esneca.
O falso médico terá realizado procedimentos estéticos a várias figuras públicas, que publicitavam o espaço nas redes sociais.