Henrique Gouveia e Melo já frisou que não é fã da pergunta sobre uma possível candidatura a Belém — tal como disse em entrevista ao Observador, em julho. Ainda assim, continua a figurar e a liderar entre as preferências de nomes para as eleições presidenciais. É pelo menos esse o cenário retratado numa sondagem da Intercampus, feita para o Negócios, Correio da Manhã e CMTV.
Nesta sondagem, que mede preferências de possíveis candidatos e não intenções de voto, Henrique Gouveia e Melo foi o nome mais votado, com 15,9% de preferências entre um leque de 11 personalidades.
O almirante, que liderou também a task-force de vacinação contra a Covid-19, é o primeiro da lista, mas é seguido de perto por Pedro Passos Coelho, 15,2%. O ex-primeiro-ministro tem estado envolto em alguma especulação em torno de uma possível candidatura e até de um regresso à política. Este mês disse que “seria uma tolice” fechar a posta à política, mas garantindo que está “muito fora de tudo”, situação em que pretende “continuar”.
António Costa, atual primeiro-ministro, também figura na lista, com cerca de 10% das preferências dos inquiridos. Estão ainda incluídos nesta lista de preferências nomes como Ana Gomes (8,6%), Marques Mendes (7,3%), Paulo Portas (6,3%), André Ventura (6,1%) ou Augusto Santos Silva (5,8%). Há ainda figuras da esquerda, como Mariana Mortágua (4%) ou João Ferreira (3,3%). João Cotrim de Figueiredo tem 2,1% das preferências.
Há 8,8% de inquiridos que responderam nenhum ou que não votariam.
Passos Coelho: “Seria uma tolice dizer que nunca mais na vida faço coisa nenhuma na política”
O cenário é diferente no que diz respeito a quem é que ganharia as presidenciais de 2026. Nesse cenário, o atual primeiro-ministro ganharia a corrida a Belém, conforme aponta a convicção de 21,3% dos inquiridos neste barómetro. Nesse espetro, Gouveia e Melo seria o segundo, com 15,4% e Pedro Passos Coelho o terceiro, com 13,9%. Em quarto nesta lista de quem ganharia figura Marques Mendes, com 8,3% — curiosamente com um resultado mais expressivo do que nas preferências.
A amostra da sondagem é constituída por 605 entrevistas telefónicas, com chamadas que decorreram entre 15 a 20 de novembro.