É mais uma vítima da queda da FTX. A BlockFi, que já tinha suspendido os levantamentos da sua plataforma, entrou com um pedido de proteção de credores em tribunal. O mesmo é dizer que entrou em insolvência.

A BlockFi, que chegou a estar avaliada em três mil milhões de dólares, entrou com o processo no tribunal de Nova Jérsia, segundo comunicado emitido esta segunda-feira, 28 de novembro. A BlockFi tinha sido uma das empresas que Sam Bankman-Fried (dono da FTX) tinha em julho dado uma linha de crédito de 400 milhões de dólares. Esta ação de SBF — que o fez junto de várias outras plataformas que tiveram problemas com a queda na indústria de criptomoedas e com a queda da Celsius — valeu-lhe até o cognome de JP Morgan das criptomoedas.

A plataforma cita mesmo a queda da FTX e das companhias associadas para o pedido de falência. A BlockFi e oito das suas subsidiárias explicam que entraram com o pedido para poderem “estabilizar o negócio e dar à companhia a oportunidade de consumar uma aprofundada reestruturação que maximize o valor para os clientes e outros acionistas”. Os representantes da empresa dizem que se focarão na recuperação de todas as obrigações devidas à BlockFi nomeadamente as que tem junto da FTX, reconhecendo que, no entanto, esses esforços serão atrasadas. A FTX entrou também com um processo de insolvência.

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A exposição da BlockFi à FTX leva a esta opção. A BlockFi garante ter 256,9 milhões de dólares em liquidez, o que lhe dará o capital necessário para apoiar certas operações no processo de reestruturação. Mas garante que a atividade na plataforma vai continuar suspensa. O maior cliente da BlockFi tinha na plataforma 28 milhões de dólares, segundo a CNBC.

Apesar de sedeada nas Bermudas, os credores podem reclamar junto do tribunal norte-americano.

O Wall Street Journal já tinha avançado que a BlockFi deveria entrar em insolvência devido à elevada exposição à FTX, falando também de possíveis despedimentos.

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